O sonho da casa própria parece seguir bem vivo no imaginário dos brasileiros, mesmo num momento de crises e incertezas gerado pela pandemia da Covid-19. A intenção de compra de imóveis cresceu 7% no segundo trimestre do ano, atingindo o maior patamar desde 2014, de acordo com o levantamento realizado pela Fipezap. De acordo com o documento, o número de pesquisados que pretende comprar um imóvel nos próximos três meses passou de 36% para 43% no período. Entre eles, cerca de metade se declarou indiferente entre imóveis novos ou usados (51%). Já em termos de objetivo, a maior parte registrou a intenção de utilizar o imóvel para moradia própria (88%).
“Entre os fatores que podem explicar o aumento na intenção de compra, pode-se destacar a redução das taxas de juros do crédito imobiliário, a expectativa de queda nos preços, o aumento no número de lançamentos, bem como a recuperação da atratividade dos imóveis como alternativa de investimento”, informou a empresa.
No levantamento, a participações de compradores, que declararam ter adquirido imóvel nos últimos 12 meses, voltou a crescer, passando de 8% no 1º trimestre para 10% no 2º trimestre.
Em relação ao estado ou tipo do imóvel adquirido, a preferência por imóveis usados também se destacou pelo crescimento no último trimestre, respondendo por 68% das compras concretizadas pelos respondentes da amostra, o maior patamar da série histórica da pesquisa.
“Em termos de objetivos, o interesse na aquisição de imóveis como forma de investimento (seja para valorização e posterior revenda ou para obtenção de renda com aluguel) declinou ligeiramente na comparação com o objetivo moradia, abrangendo 42% dos respondentes que declararam ter adquirido algum imóvel recentemente. Dentre eles, prevaleceu o objetivo de alugar o imóvel para obter renda (68%)”, completou o índice.
Pensando em valores, o percentual de transações com descontos oscilou pouco nos últimos meses, encerrando junho com uma incidência de 71% sobre as transações realizadas nos últimos 12 meses. Considerando apenas as transações que envolveram alguma redução no valor anunciado, o percentual médio de desconto negociado entre as partes interessadas recuou ligeiramente nos últimos meses, encerrando junho em 13%.