Não resta dúvidas, o Rio de Janeiro não está só falido, mas também sem governo, sem liderança. Não há no governo estadual, ou na ALERJ, nem o mínimo sinal de competência necessária para que possamos sair do verdadeiro pântano que nos encontramos no momento
Primeiro o estado não tem como pagar a seus funcionários, ou fazer investimentos, ou manter a máquina funcionando. E está claro que o governador Pezão, ou seu vice Dornelles, tem a mínima ideia do que possam fazer para dar alguma esperança ao carioca.
Depois temos a questão moral, ou a falta dela, os dois últimos governadores do estado (o governo Rosinha nada mais foi que a continuação do governo do marido) estão presos. E o atual governador está longe de ser oposição a eles, fez parte do governo Garotinho, e foi eleito como um poste de Cabral ao qual é intimamente ligado. Das falcatruas que estão sendo divulgadas pela imprensa, será de estranhar que não tivesse a participação de Pezão, que foi secretário de obras por boa parte do governo Cabral.
Enquanto isso a ALERJ também é dominada por aliados e integrantes dos ex-governadores de Bangu. Se não foram corruptos, foram coniventes e permitiram que nosso estado chegasse a este ponto.
Finalmente chegamos aos acontecimentos deste sábado, 19 de novembro, quando uma ação policial fechou a Linha Amarela e outras vias por três vezes. E ainda bandidos derrubaram um helicóptero da Polícia Militar, cena que em ambientes urbanos ou é vista em revoluções ou em filmes de um futuro distópico, um futuro terrível onde nada deu certo. E, infelizmente, é isso que parece ter acontecido
Pergunto, conseguimos enxergar nos atuais líderes do estado a capacidade de sair de uma crise econômica, moral e de segurança? Não, não conseguimos. Até porque eles devem estar mais preocupados em manter sua própria liberdade e fugir dos juízes federais, do que em resolver a crise.
O Governo, em Brasília, não decretar neste momento intervenção federal no estado é sinal de covardia e relapso com a população do Rio de Janeiro. O que esperam que aconteça, que o povo incendeie o Palácio Guanabara? Porque se a situação não mudar, isso vai acabar acontecendo.