Investimento em tecnologia contra geosmina leva Cedae a economizar R$ 165 milhões por ano

Os cálculos são do diretor de Saneamento e Grande Operação (DSG), Daniel Okumura, que comparou o investimento feito nas medidas mais recentes com o custo das ações adotadas inicialmente, em 2020, como a aplicação de carvão ativado

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Sede da Cedae, na região central do Rio de Janeiro - Foto: Reprodução/Internet

As medidas adotadas pela Cedae desde 2021 para evitar as alterações na água causadas pela geosmina vão garantir à Companhia uma economia anual de R$ 165 milhões em produtos químicos. Os cálculos são do diretor de Saneamento e Grande Operação (DSG), Daniel Okumura, que comparou o investimento feito nas medidas mais recentes com o custo das ações adotadas inicialmente, em 2020, como a aplicação de carvão ativado.

As novas soluções garantiram a melhora da qualidade da água captada para tratamento na Estação de Tratamento de Água (ETA) Guandu, eliminando as alterações no cheiro e gosto da água causadas pela geosmina. Com isso, será preciso usar menos produtos químicos durante o processo. A maior parte da economia – cerca de 90% – virá do menor uso de carvão ativado: sua aplicação será reduzida em 95%, evitando custo anual de R$ 149 milhões. Além do carvão, também será reduzido o uso de produtos como cloro (27%) e sulfato de alumínio (5%).

Em comparação, as soluções adotadas posteriormente vão representar, em conjunto, custo anual de R$ 28,2 milhões, menos de 20% do que seria investido somente em carvão ativado.  As medidas incluem as boias que operam desde março deste ano na lagoa do Guandu (com sistema de ultrassom que impede a proliferação das algas que produzem a geosmina), o sistema de bombeamento de água do Rio Guandu para a lagoa (que resfria a água e acelera a vazão, dificultando a proliferação das algas), entre outras.

“Comparando somente com o carvão ativado, isso já representa uma economia anual de mais de R$ 120 milhões, e com melhores resultados. As novas e futuras medidas reduziram e irão reduzir ainda mais os custos operacionais, garantindo verões sem geosmina, como foi o último e como serão os próximos”, explicou Okumura.

Choque de gestão

As soluções estão alinhadas aos princípios adotados pela gestão da Cedae após a concessão da distribuição de água e do esgotamento sanitário para a iniciativa privada, em 2021. A adaptação da Companhia à nova realidade exigiu a redução de custos e a busca de novas receitas. Para se ter uma ideia, na comparação entre os primeiros trimestres de 2021 e 2022, a Cedae teve redução de 44,5% em sua receita operacional, mas obteve lucro líquido 342% superior.

“Estes números são o resultado da transformação da Companhia, em termos de gestão, para se adaptar à nova configuração do saneamento no Estado do Rio. Projetamos um período de quatro anos para atingir a situação financeira que consideramos adequada para a nova realidade da empresa, e já percorremos metade deste caminho em apenas 10 meses. Isso vai nos dar condições de investir cada vez mais para garantir água de qualidade para a população”, disse o presidente da Cedae, Leonardo Soares.

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1 COMENTÁRIO

  1. Os investimentos que ocorreram em 2020 foram de recursos públicos e agora, depois da privatização, vem o lucro para a Concessionária…
    Só no Brasil mesmo passa o bem público para uma empresa privada quando ela que já dava lucro, depois de investido dinheiro público, dará mais lucro ainda… depois de privatizada para os novos que assumiram.

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