Iphan realiza workshop para combater tráfico de bens culturais no RJ

Segundo o Instituto, objetos culturais brasileiros são frequentemente comercializados ilegalmente no mercado internacional

Advertisement
Receba notícias no WhatsApp
Objetos de religiões de matriz afrobrasileira (Fotos: Andrey Schlee/Iphan))

Com o objetivo de prevenir e coibir o tráfico ilícito de artefatos e objetos culturais que ajudam a contar histórias e preservam a memória de um povo, o Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan-RJ) irá promover um workshop que será realizado entre os dias 2 e 4 de outubro, na capital fluminense.

Segundo o Iphan, esses bens são frequentemente comercializados ilegalmente no mercado internacional. Os criminosos miram itens de acervos protegidos pela legislação brasileira, como arte sacra, peças arqueológicas, livros, mapas e fósseis estão entre os bens mais suscetíveis ao tráfico ilícito.

O evento pretende, ainda, fortalecer a formação e a cooperação entre países da América do Sul e países africanos de língua portuguesa, além de estimular a conscientização sobre a importância da proteção do patrimônio, promovendo o intercâmbio internacional de boas práticas nesse campo.

Advertisement

A proposta é também estimular o intercâmbio de conhecimentos e habilidades para combater o tráfico ilícito e facilitar a devolução e restituição de bens culturais e criar redes regionais para facilitar a troca de informações e as apreensões de bens ilicitamente transferidos.

O workshop será dividido em três partes. A primeira abordará a devolução e restituição de bens culturais. A segunda visa reforçar a capacidade técnica dos agentes aduaneiros, fiscais que controlam as mercadorias e os veículos que entram e saem de seu território. Esta parte terá como destaque a Lista Vermelha de Bens Culturais Brasileiros em Risco, lançada pelo Conselho Internacional de Museus (Icom) e produzida com auxílio de especialistas do Centro Nacional de Arqueologia (CNA) e do Departamento de Patrimônio Material e Fiscalização (Depam) do Iphan.

A terceira fase é focada na guarda das coleções museológicas. Nela, serão discutidos protocolos de salvaguarda, inventários de coleções e outras medidas contra o tráfico ilícito de bens culturais.

Argentina, Brasil, Chile, Colômbia, Equador, Peru e Uruguai, da região da América Latina, e Cabo Verde e Moçambique, da África são os países que participarão do workshop. Cada país será representado por agentes de alfândega e polícia, um representante do judiciário e um profissional do campo do patrimônio. O evento conta com o apoio do Sistema Brasileiro de Museus e do Ibram.

O evento será realizado em parceria com o Ministério das Relações Exteriores (MRE) e a Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e Cultura (Unesco).

Advertisement
Receba notícias no WhatsApp
entrar grupo whatsapp Iphan realiza workshop para combater tráfico de bens culturais no RJ
Advertisement

Comente

Por favor digite seu comentário!
Por favor, digite seu nome aqui