Wagner Tavares é consultor, empresário e Presidente da Associação do Cinturão Turístico do Rio de Janeiro – ACTur Rio.
Recentemente, o Conselho Nacional de Turismo estabeleceu, como meta para o Plano Nacional de Turismo até 2027, o recebimento de 8 milhões de turistas no Brasil. Em 2023, esse número alcançou 5,9 milhões, resultando em uma injeção de bilhões de reais na economia. O número de estrangeiros que visitaram o Brasil em 2023 aumentou quase 63% em comparação com 2022, com destaque para argentinos, paraguaios, chilenos e americanos. Mas a grande surpresa foram os americanos. Só no último réveillon, houve um acréscimo de 12,5% de passagens aéreas vendidas aos americanos.
A isenção de visto de viagem concedida a alguns países desde 2017, válida até abril deste ano para americanos, canadenses e australianos, teve um impacto positivo no turismo nacional e, especialmente, no turismo carioca, principalmente devido aos turistas americanos. Os números de 2023, comparados a 2020, revelam um aumento de 25% no número de americanos visitando o Brasil.
Parece-nos evidente que a manutenção da isenção de visto de viagem para aqueles países é fundamental para o turismo nacional e para aumentarmos ainda mais a importância do turismo no PIB nacional.
Confrontando dados da Embratur e o número de visitantes do Estado do Rio de Janeiro em 2023, observa-se que dos 669 mil turistas americanos que ingressaram no Brasil, 450 mil deles, cerca de 67%, passaram por terras cariocas. A maioria tinha entre 25 e 45 anos, era de classe média e gastou, em média, 10 mil reais no país. Nota-se que a isenção de visto para entrada dos turistas americanos foi um grande sucesso para o turismo nacional e teve impacto mais positivo ainda para a Cidade do Rio de Janeiro.
A visão institucional da ACTur Rio e seus associados é que o Rio de Janeiro precisa, novamente, se tornar a principal porta de entrada do turismo nacional. Em 2023, ainda não foi possível. São Paulo teve quase o dobro de turistas estrangeiros em relação ao Rio de Janeiro. Isto mostra como está sendo importante a requalificação do aeroporto Tom Jobim e como a “briga” bem-sucedida do prefeito Eduardo Paes, para trazer mais voos e mais rotas internacionais e stopovers (tempos longos de conexão de voos) no Galeão, foi e é fundamental para mudarmos esse cenário.
Não faz sentido que o Ministério das Relações Exteriores volte a cobrar visto de turista de países como Canadá, Austrália e Estados Unidos da América a partir de abril próximo, em detrimento da continuação de uma política pública de incremento ao turismo estrangeiro exitosa, como já demonstrada. Na prática, para emissão dos vistos de entrada, são exigidos, apenas, que os cidadãos preencham um formulário e paguem os emolumentos consulares pela internet, num valor entre 80 e 160 dólares, sem qualquer tipo de entrevista ou análise mais acurada.
É muito importante que avancem, rapidamente, as negociações para restabelecer a reciprocidade da isenção de vistos para brasileiros, mas, também, não menos importante, é levar-se em conta o interesse público envolvido na continuidade do aumento de fluxo de turistas estrangeiros, de países potencialmente importantes para o turismo nacional, independentemente dos resultados daquelas negociações.
O trade de turismo carioca e fluminense e as instituições que os representam precisam se mobilizar para demonstrar a importância de adiar a decisão definitiva sobre a isenção.
Muito trabalho ainda há pela frente. Metas devem ser alcançadas e as condições para isso devem ser mantidas e aprimoradas para fazer do Rio, mais uma vez, a cidade mais visitada no Brasil por estrangeiros. Essa esperada prorrogação da isenção em abril será uma boa notícia, pois mais turismo estrangeiro no Brasil significa mais trabalho, empregos e renda para os cariocas. Que assim seja!
Não concordo com a matéria, a reciprocidade tem que existir sim. Se eles criam impecilhos para nós, devemos fazer o mesmo com eles. Essa matéria tá com cara de que foi paga pela associação de turismo do RJ.
Apenas aqueles que tem interesses próprios acha isso correto. Se você pretende viajar, tem de passar por todo um processo para poder obter o visto para os EUA, por exemplo e, chegando lá, se pegar um oficial trumpista, corre o risco de não entrar pq ele não foi com sua cara e inventa uma razão. Mas aqui, pode entrar geral. Por isso que vira zona.
O governo atual está certíssimo. Tem que haver reciprocidade, e exigir visto de cidadãos de quaisquer países do mundo. Agir diferente é ser contra os interesses do povo brasileiro. Só iludidos ou mal intencionados podem defender uma postura diferente. Parabéns ao governo atual.
E diziam que o governo federal anterior não sacava de turismo. Fato: desregulamentação atrai turista e abre mercado. Utopia: Passagens a R$ 200 vão movimentar o mercado (resta saber se vão colocar os aviões no ar com pouca receita e muito custo)
Como ás políticas dos desastrados políticos, prá não dizer corruptos e mafiosos desonestos e gananciosos, jogou o nosso Rio dê janeiro no fundo do poço, quem imaginaria quê são Paulo onde o quê tinha dê melhor pára se vê,era assistir descidas e decolagens dê aeronaves nos aeroportos do estado paulista, e hoje já está na frente do estado quê sempre foi é e sempre será o estado com o maior potencial turísticos dê todo o Brasil, é só termos políticos quê não atrapalha os nossos potenciais turísticos,e quê tenham os mesmos interesses ao menos iguais ao do Eduardo paz, quê não vejo ninguém em melhores condições dê continuar a frente do município do Rio dê janeiro ,ou estaremos assinando um cheque em branco, pára quê qualquer outro sujeito sem nenhum atestado dê bons serviços prestados, antecedentes, e idoneidades, sejam responsáveis pelos destinos do nosso Rio dê janeiro,nossa fase é tão ruim quê,se perdêssemos pára alguns estados do nordeste ou até Sta Catarina, poderíamos aceitar, mais prá são Paulo quê eles vêm ás pencas prá cá, aí é difícil entender e aceitar além dê acreditar, mais dá prá se reverter essa esdrúxula posição,em matéria dê turismos com todas às riquezas paulistas, ganharemos dê quem.
Só idiota que acredita que todo estrangeiro que vem para o Rio só vem para fazer turismo!
Fazer turismo sexual, ajudar a impedir que se crie na população fluminense consciência de como somos os maiores produtores de petróleo e gás,…estão também entre os interesses de estrangeiros que vem para o Rio.
Para mim,faz todo sentido: princípio da reciprocidade diplomática. O mesmo vento que venta la, venta ca! Pagamos caro e temos 1001 restrições para entrar nesses países. Deixemos o complexo de viralatas e a visão míope em relação aos acordos do Itamaraty, herdadas do governo Bolsonaro, que contribuiu para o aumento dessa subserviência. Acho super correto exigir visto sim.