Viralizou recentemente, nas redes sociais, a imagem de um jacaré morto dentro de um pneu na Lagoa de Jacarepaguá, na Zona Oeste do Rio de Janeiro.
Para João Batista Caiera, pescador que encontrou o animal, a poluição no local tem sido cada vez maior, prejudicando não só a pesca, mas também a vida dos animais existentes na região.
”Tava pescando, daí encontramos com ele. A gente fica triste, né, pois é uma coisa da natureza, uma coisa meio complicada, né? Peixe podre, água fedendo… Essa poluição está acabando com a nossa lagoa, infelizmente, né”, lamentou.
Ele integra a Associação de Pescadores da Baixada de Jacarepaguá, tem que sua sede localizada às margens da lagoa.
O complexo lagunar da Baixada de Jacarepaguá abrange as lagoas de Jacarepaguá, do Camorim, das Taxas, da Tijuca e de Marapendi.
Vale ressaltar que, além de muita sujeira, os animais que sobrevivem nessas lagoas precisam conviver com a caça, atividade ilegal. De acordo com moradores da região, os criminosos saem à noite de barco atrás de capivaras e jacarés.
O biólogo Mário Moscatelli trabalha nas lagoas do complexo desde 1992. Em parceria com o Governo do Estado e a Prefeitura do Rio, ajudou a implantar ecobarreiras nos principais rios e canais que deságuam no sistema lagunar. Ele lamenta a poluição que continua prejudicando todo o ecossistema da região.
”Infelizmente, a chegada de lixo continua gigantesco. 95% do lixo é doméstico. Sofá, geladeira, caixa d’água, ou seja, parcela da população não está colaborando. Essa guerra precisa da colaboração de todos”, diz ele.