Jackson: Cesar Maia não é jogador para estar no banco

Jackson Vasconcelos comenta sobre a possível chapa de Marcelo Freixo com Cesar Maia e diz que é um erro e apequena Maia

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Quando a gente pensa que já viu de tudo na política do Rio, surge essa agora, de uma chapa onde Cesar Maia (PSDB) poderá ser vice do Marcelo Freixo (PSB). Fabiana Bentes, pessoa que conhece bem o que pensa quem encontra dificuldades para viver no Rio, definiu a aliança. “Qual foi a bomba meu Deus que jogaram na política do Rio?“.

Cesar não é jogador para estar no banco. César só poderia voltar ao campo como técnico ou como presidente do clube. É ídolo! Os eleitores dele, de igual modo, não deveriam ser considerados pobres idiotas capazes de aceitar qualquer coisa ou qualquer aliança só pela presença dele.

A notícia da aliança Freixo e Cesar me faz lembrar de uma das músicas de Luiz Gonzaga, que, com Gonzaguinha, compôs, “Respeita Januário“.  O cabra todo besta, com um “fole prateado, só de baixo, 120” resolveu ser melhor que o pai, quando encontrou Jacó pelo caminho e ele lhe disse: “Respeita Januário, cê pode ser famoso, mas teu pai é mais tinhoso e com ele ninguém vai”.

A chapa é um desrespeito ao Cesar. Por aqui, após Carlos Lacerda, bastante tempo após, tivemos Cesar Maia. Houve Negrão de Lima, mas com ele o Rio conheceu um viaduto que foi ao chão, pela pressa de acabar uma obra antes de acabar o governo. Algo que a gente viu acontecer, novamente, algumas vezes. A queda do viaduto matou mais de 200 pessoas. A da ciclovia, duas.

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Entre Negrão e Maia, ninguém. Depois de Maia, Conde e ninguém mais. Lacerda fez obras que deixaram legados para o Rio. As obras que não fez, deixou projetadas e César Maia completou o trabalho com a ajuda de Luiz Paulo Conde. 

Cesar Maia equipara-se a Lacerda na gestão pública. Também na gestão política. Numa, sucesso. Na outra, alguns desastres. Cesar acertou ao escolher Conde para sucedê-lo. Errou ao romper com ele só para, com pressa, voltar à Prefeitura. O desejo insuflado pelos que estavam ao redor dele. Os que estavam com Conde morderam a isca e a coisa pegou fogo.

Cesar perdeu a eleição para o governo do Estado, porque errou ao achar que poderia definir o adversário só pela leitura das pesquisas. Depois, errou, novamente, ao voltar à Prefeitura com a compreensão de ter sido derrotado pela relação que tinha com os políticos. Ele voltou, mudou o comportamento e reduziu a qualidade do governo. 

Comento os fatos, a doideira da chapa Rodrigo Maia com Clarissa Garotinho e a dissolução do PFL no livro, “Que Raios de Eleição é Essa“.

Quando me deparo com propostas como essa que coloca Cesar Maia na chapa do Freixo como vice e outras tantas provocadas por erros na condução da estratégia me vem uma frase de Sérgio Porto: “É difícil dizer o que incomoda mais, se a inteligência ostensiva ou a burrice extravasante“.

Sigamos com a benção do Altíssimo!

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Formado em Ciências Econômicas na Universidade Católica de Brasília e Ciência Política na UNB, fez carreira com dezenas de cases de campanhas eleitorais majoritárias e proporcionais. É autor de, entre outros, “Que raios de eleição é essa”, Bíblia do marketing político.

6 COMENTÁRIOS

  1. Para o homem, seja o momento e merece a experiência, mas para o político, fica a mancha na biografia. Aliás, a chamada coerência política foi pro lixo, como nós fazemos com qualquer serviço ou figura curtida na internet, simplesmente não usamos mais e se torna lixo. Todos deveriam pensar nisso antes de votar e jogar o voto no lixo para manter figuras no poder e com acesso a dinheiro público por anos. Tinha respeito ao político, não mais.

  2. Isso, Rodrigo Maia precisa arrumar um emprego. César Maia não deveria embarcar nessa. Freixo continua Psol, não dianta mudar de camisa. Nunca administrou na vida, turma de boquinhas de gabinete.
    César não deveria sujar seu currículo. Deixa Alckmin sózinho nessa.

  3. César Maia não está com essa bola toda. Ser vice do Freixo já é uma boa oportunidade de reaparecer no cenário político do Rio de Janeiro. Olha o filho dele quando presidente da câmara não fez o que tinha que fazer. É outro que está bem esquecido.

  4. Cesar Maia trazendo investimentos para o RJ e o Freixo lidando com o caos social deixado por Cabral, Pezão, Witsel/Castro.

    Interessante! Vou procurar saber mais sobre essa chapa.

  5. César Maia deve ter bebido a mesma coisa que o Alckmin bebeu. E assim arranhou muito (mas muito mesmo!!) sua reputação política em relação a todos que lhe confiavam. Francamente, associar-se ao Freixo é jogar a sua história completamente no lixo, nem dá pra entender este movimento. Triste. Pai e filho vão ter de remar MUITO para conseguirem se eleger em qualquer coisa que seja daqui para a frente.

    Já pro Rodrigo Maia, que ele procure um emprego normal: tem muita lanchonete precisando de balconista por aí.

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