Fui a Madureira durante a semana. Lá não ia desde a campanha para Prefeitura do Rio em 2020. A situação de Madureira dá dó. As lojas na Edgard Romero estão com avisos de “Vende-se” de “Aluga-se”. As que restam para o comércio local, aquelas não entregues às grandes lojas e aos bancos, estão em péssimo estado. Uma delas, não. Essa está por conta da campanha do deputado Dionísio Lins, que representa o bairro há “séculos”. Ele foi vereador e no presente é deputado estadual. A esposa dele é a vereadora Vera Lins. Vereadora com alguns mandatos.
As “valas” do BRT, criadas por Eduardo Paes, que vi em Madureira, combinam com a qualidade dos ônibus e das estações. Madureira parece que viveu uma guerra. Mas, não está sozinha. A cidade, quase toda, está meio largada e, como sempre, a Zona Norte, mais largada que todo o resto. A impressão que se tem é que não há governo em alguns locais e em outros pouco governo.
Contudo, a gente pode ter esperança na possibilidade de melhora, porque o Prefeito Eduardo Paes conhece a cidade e tem experiência. É verdade que ele anda meio ocupado com outras tarefas. Ele esteve fora da Prefeitura por quatro anos e fora do Brasil quase todo esse tempo. Ao voltar, deparou-se com uma pandemia que suspendeu o carnaval, que é uma das paixões dele. O chapéu panamá ficou guardado tempo demais.
Quando a vida na cidade começou a voltar ao normal, Eduardo Paes precisou dar uma arrumada no PSD para abrigar os amigos e colaboradores que quisessem ser candidatos este ano. O partido, como a cidade, estava meio largado, porque o Senador Arolde de Oliveira, Presidente Regional, faleceu e o suplente, Carlos Portinho, assumiu o mandato, arrumou as malas e mudou para o PL.
Logo depois, começou o período que o bom humor dos legisladores brasileiros chama de pré-campanha. Aí Eduardo Paes abraçou a candidatura de um velho amigo ao governo do estado, o advogado Felipe Santa Cruz. E tinha ainda o Presidente do Senado, que o Presidente Nacional do PSD, mestre Kassab, inventou de lançar candidato a Presidente da República e entregou o embrulho ao Eduardo Paes. Imaginem a trabalheira! Até a convenção de pré-lançamento do Senador Rodrigo Pacheco, Eduardo Paes organizou.
Para nada, porque Felipe Santa Cruz não saiu do lugar e o Presidente do Senado, Rodrigo Pacheco, mineiro cuidadoso, fugiu da raia. Mas, Eduardo Paes é diligente. Ele não desistiu e não se abateu. Agarrou a candidatura do ex-prefeito de Niterói, Rodrigo Neves e entrou de cabeça na campanha do ex-presidente Lula.
No meio de tudo isso, os secretários da prefeitura precisavam sair para disputar as vagas de deputado estadual e federal. E aí não dá para brincar. Trata-se de amigos. Eduardo Paes, então, partiu para as campanhas. Nada mais justo como gesto de lealdade.
Tenho certeza de que quando tudo isso terminar, Eduardo Paes voltará a cuidar da cidade e aí, gente, não tem quem o segura. Com a disposição que ele tem, Santo Deus! O Rio de Janeiro voltará a ser um local onde valha a pena morar e visitar.
Eduardo tem disposição e experiência. Ele foi prefeito oito anos ininterruptos e está de volta faz dois. E tem mais: Cesar Maia governou 12. Eduardo Paes esteve nos 12. Então, Eduardo Paes sabe o que fazer.
Agora, é só a gente esperar passar a eleição. E nem precisa que os candidatos do Eduardo Paes ao governo do estado e à presidência sejam eleitos, porque ele é jeitoso e sabe conviver bem com todo mundo.
Madureira um dia chorou pela belíssima Zaquia Jorge, que as praias da Barra levaram daqui. Mas, se Madureira hoje chora porque está em completo abandono, será um choro por pouco tempo. Logo, logo, Eduardo Paes olhará para lá.
Este é um artigo de Opinião e não reflete, necessariamente, a opinião do DIÁRIO DO RIO.
Aliás, estou doidinho para ver ele o larápio aqui em Madureira. Serão muitos “bem recebidos”…rss…
Edgar Romero virou uma Leopoldo Bulhões. Estudei na década de 80 no Colégio Republicano e a região tinha comércio farto. Hoje virou uma região terceiro-mundista daq2uelas bem paupérrimas. Aliás teve alguma coisa não se degradou no RJ? A cidade virou um lixo.
Estranho esse artigo, diz que madureira está abandonada e logo justifica pondo a culpa na eleição desse ano, e que o prefeito “na verdade vai resolver o problema”… (???) Já estamos saturados de campanha política, usar um veículo de notícias pra bajulação é dose…
A ironia do texto, não afasta a realidade. A não ser que o autor esteja com saudade do Crivella, Madureira e outros bairros também são vitimas do esvaziamento econômico do Rio e da omissão de outros que estão lá em Brasília na chamada Câmara alta.