Jackson: Prestem atenção na Talita

Jackson Vasconcelos dá o chute inicial para falar sobre as eleições 2024, comenta sobre Talita Galhardo, o que será dela e como será a campanha no Rio

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Não conheço a moça, mas o modo e periodicidade como Talita Galhardo aparece na minha frente todas as vezes que entro no Instagram me fazem acreditar que convivo com ela há bastante tempo. Ela chama a atenção pela presença e dá à Prefeitura do Rio a imagem de vigor. Ela inaugura, derruba, festeja, homenageia e tem tempo para mostrar que não é só uma servidora pública. Ela é uma jovem que tem uma vida própria, uma vida que ela vive com intensidade. Talita é o rosto que faltava à Prefeitura do Rio já faz algum tempo.

Isso é um bom sinal para uma cidade que está pela terceira vez sob a administração cansada de Eduardo Paes, depois de passar três períodos sob os cuidados do Cesar Maia, um deles de elevado cansaço. Cesar criou Eduardo que recriou Cesar e eles dois dão à cidade um ar de passado, de histórias antigas, de filmes repetidos. Eduardo até tem tentado inovar, mas nenhum dos nomes prestigiados por ele no atual período como secretários municipais, tem demonstrado vontade e garra para cuidar do Rio como Cesar e ele já cuidaram. Todos os prestigiados tornaram-se burocratas, alguns eleitos, mas com os votos dados pelo próprio Eduardo. Nenhum deles tem apelo popular nem criou uma história própria de vida política.

Mas, deixemos a Talita e os secretários em paz para seguir com o assunto que me trouxe hoje para o Diário do Rio: a eleição de 24. O tempo passa rápido. Eduardo Paes será candidato novamente, com o desejo de cumprir o quarto mandato. O que dirá ele aos eleitores do Rio? Quem será o alvo dele?

Na primeira eleição, em 2008, Cesar Maia foi o alvo de Eduardo Paes e sobrou pancada até para Fernando Gabeira, porque Cesar Maia quis apoiá-lo no segundo turno.  A segunda eleição do Eduardo, em 2012, foi um passeio na garupa do governador, da Presidente Dilma, do ex-presidente Lula, e de toda a história de a cidade ser a sede da Copa do Mundo e das Olimpíadas. Eduardo teve ajudas de mais e adversários de menos, pois no páreo estavam Marcelo Freixo, com a rejeição absurda que sempre tem e uma chapa construída por Garotinho e Cesar Maia, que prejudicou os dois e de modo especial, a Clarissa.

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Em 2016, Eduardo Paes não disputou. Ele preferiu deixar que o eleitor, por si mesmo, escolhesse entre Marcelo Crivella e Marcelo Freixo desde o primeiro turno, quando Paes conformou-se, com facilidade, com a divisão entre Indio, Osório, Flávio Bolsonaro e Pedro Paulo. Eduardo deixou rolar e Crivella venceu. Se vencesse o outro Marcelo, para Eduardo o produto final seria o mesmo: um adversário fácil para 2020, se em 2018 eles não fossem suficientes como argumento para a disputa de Eduardo Paes pelo governo do estado.

Façamos as apostas. 

Este é um artigo de Opinião e não reflete, necessariamente, a opinião do DIÁRIO DO RIO.

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Formado em Ciências Econômicas na Universidade Católica de Brasília e Ciência Política na UNB, fez carreira com dezenas de cases de campanhas eleitorais majoritárias e proporcionais. É autor de, entre outros, “Que raios de eleição é essa”, Bíblia do marketing político.
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