Jackson Vasconcelos: Campeonato carioca – Coisa da política

Colunista do DIÁRIO DO RIO considera o campeonato carioca de futebol um desperdício de tempo e de dinheiro para os quatro grandes clubes

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Estádio da Rua Bariri (Foto: Twitter Campeonato Carioca)

Começou o campeonato carioca de futebol um desperdício de tempo e de dinheiro para os quatro grandes clubes. Ele poderia ser um evento positivo, se a Federação de Futebol do Estado do Rio de Janeiro fosse, de fato,  uma federação de clubes. Mas, não é. É feudo de um grupo desde 1985, quando Eduardo Viana, o “Caixa d’Água” assumiu a presidência. Ele ficou de 1985 a *2006 e passou o bastão para Rubem Lopes, que lá está até hoje. Os clubes menores e do interior são só instrumentos para a permanência do grupo no comando da federação. A qualidade do futebol, claramente, não é assunto para ele.

Durante o campeonato, clubes como Sampaio Corrêa, Audax, Itaboraí, Resende, Macaé, Bangu, Boavista e Madureira entram em campo contra Fluminense, Flamengo, Botafogo e Vasco, clubes com altos investimentos em jogadores, formação de atletas e gestão. É uma disputa desigual e sem sentido. Basta olhar os resultados. Fora os quatro grandes, Paissandu foi campeão em 1912; São Cristóvão em 1937 e ponto final. Cento e vinte e sete vezes, o título ficou na cidade do Rio de Janeiro, zero vezes nas outras cidades em toda a história do campeonato. A Federação tem 45 anos de existência e confusões em todos os campeonatos cariocas. Muita bizarrice, a ponto de, algumas vezes, os quatro grandes pensarem em criar ligas para ficarem livres da ingerência infeliz da Federação. Mas, como nada muda e nada se consegue esperar de positivo da Federação em favor do futebol no estado, só nos resta assistir, novamente, o teatro de horrores do campeonato carioca.

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Formado em Ciências Econômicas na Universidade Católica de Brasília e Ciência Política na UNB, fez carreira com dezenas de cases de campanhas eleitorais majoritárias e proporcionais. É autor de, entre outros, “Que raios de eleição é essa”, Bíblia do marketing político.

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