Com o restauro a todo vapor, a Estação da Leopoldina começa a revelar seus projetos de revitalização. Localizada na Avenida Francisco Bicalho, a estação, que foi construída na década de 20 e é uma das grandes portas de entrada para o Centro do Rio, agora está prestes a passar por uma transformação que promete trazer ainda mais charme à sua fachada original.
As 270 esquadrias, que emolduram as janelas da estação, serão em sua maioria desmontadas para um cuidadoso “banho de loja”. O processo respeitará a arquitetura original, com um detalhe especial: todas as esquadrias serão pintadas em um tom de cereja, seguindo o plano de restauro que visa revitalizar a estrutura com um toque “avermelhado”. Segundo a coluna de Ancelmo Gois, as janelas passarão também por uma análise metalográfica para garantir que a integridade do material seja preservada.
O projeto de restauro se inspira em outras estações ferroviárias icônicas, como a Gare de Austerlitz, na França, buscando não apenas recuperar a estética, mas também resgatar a importância histórica da estação. Em 2026, a Estação da Leopoldina completará 100 anos e, para celebrar esse centenário, um investimento de R$ 80 milhões será realizado para transformar a área em um polo de desenvolvimento.
Além do restauro, o projeto inclui a construção de importantes equipamentos públicos na região. Entre eles, um centro de convenções, a Cidade do Samba 2, um bairro popular através do programa Minha Casa, Minha Vida, uma Clínica da Família e uma escola pública no modelo Ginásio Experimental Tecnológico (GET). Com previsão de conclusão até o segundo semestre de 2026, a revitalização promete não só resgatar um pedaço da história carioca, mas também impulsionar o desenvolvimento social e econômico da Região Portuária do Rio.