Jantar com estranhos: app que promove encontros gastronômicos entre desconhecidos chega ao Rio de Janeiro

Com foco em combater a "solidão urbana", aplicativo já reuniu mais de 120 mil pessoas na Europa e EUA; jantares ocorrem sempre às quartas-feiras

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Primeiro jantar na cidade está marcado para o dia 13 de março; Experiência já funciona na Europa e Estados Unidos. Foto: Timeleft/reprodução

Seis desconhecidos jantando em um restaurante surpresa. Essa é a proposta da Timeleft, aplicativo que conecta pessoas através da gastronomia, que acaba de chegar ao Brasil. Com um algoritmo que faz um “match” entre indivíduos baseado em seus hobbies, idades e preferências culinárias, a plataforma promete estimular as interações offline. 

Os encontros ocorrem todas às quartas-feiras, às 20h no Rio de Janeiro, em São Paulo, além de Porto Alegre, Belo Horizonte e Campinas, cidades que entram no calendário da Timeleft no dia 13 de março. Na capital paulista, o primeiro jantar realizado em 6 de março chegou a reunir mais de 300 pessoas em diversos restaurantes. É possível se inscrever até à meia-noite da segunda-feira anterior ao jantar.

Para quebrar o gelo entre os “estranhos”, os idealizadores oferecem jogos com perguntas aleatórias que mudam toda semana. Há opções de mesas com falantes de português ou inglês. Já o ingresso para participar de um único encontro sai no valor de R$ 39,99 e a mensalidade a partir de R$ 59,99, que garante a presença em quatro jantares por mês. 

O Brasil é o primeiro país da América Latina a receber a experiência que ocorre em Paris, Londres, entre outras cidades na Europa e Nova York, nos Estados Unidos. Atualmente, pelo menos 55 cidades pelo mundo já realizam os misteriosos jantares com estranhos que já reúnem todas as quartas mais de 4 mil pessoas em todas as cidades em que a Timeleft se encontra.

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Combate à solidão

Com apenas 10 meses de existência, a startup lançada em Lisboa se propõe a combater a solidão urbana conectando pessoas através de  jantares. Um problema a que os brasileiros não parecem estar imunes. Segundo uma pesquisa publicada no ano passado pela Ipsos, por exemplo, o país é o local onde as pessoas mais sentem solidão no planeta. A empresa entrevistou cerca de 23 mil pessoas em 28 países e apontou que 50% da população nacional se considera sozinha (a média mundial é de 33 %).

“As pessoas estão cada vez mais desconectadas umas das outras. Passamos nossos dias alternando entre o celular e o computador. Perdemos o senso de comunidade nas grandes cidades, mas não perdemos nossa necessidade vital de conexão humana”, diz o francês Maxime Barbier, CEO e fundador da empresa.

Para o primeiro jantar, Barbier diz que não é preciso muito além de uma mente aberta a novas experiências. “Dê o passo inicial e nós fazemos o resto”, promete. 

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Renata Granchi
Renata Granchi é jornalista e publicitária com mestrado em psicologia. Passou pela TV Manchete, TV Globo, Record TV, TV Escola e Jornal do Brasil. Escreveu dois livros didáticos e atualmente é diretora do Diário do Rio. Em paralelo, presta consultoria em comunicação e marketing para empresas do trade.
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