O Jardim Botânico do Rio de Janeiro dará início, neste domingo (5/9), Dia da Amazônia, à série de atividades temáticas sobre os seis biomas brasileiros – Caatinga, Mata Atlântica, Amazônia, Cerrado, Pantanal e Pampa -, além do Sistema Costeiro-marinho. A Amazônia, região com maior biodiversidade do mundo, será a primeira contemplada, na semana de 5 a 11 de setembro.
Dentre as atividades previstas, estão a reabertura da cabana do pescador, localizada na Região Amazônica do Jardim Botânico, lançamento e disponibilização de livros, atividade educativa, e dinâmicas com jogos didáticos. Ainda durante a semana, nos restaurantes instalados no Jardim, haverá cardápio com pratos típicos da gastronomia local, e na loja de souvenir, no Centro de Visitantes, estarão à venda produtos da “Coleção biomas brasileiros”.
Segundo a presidente do Jardim Botânico do Rio, Ana Lúcia Santoro, o objetivo do programa denominado JBRJ Nacional: Biomas é contribuir para a preservação dos biomas brasileiros, por intermédio da conscientização ambiental, divulgação e disseminação do conhecimento. Além disso, a iniciativa também pretende facilitar as interações entre sociedade e os diferentes biomas, por meio dos espaços, coleções e práticas científico-culturais do Jardim Botânico do Rio.
– A ação Biomas promove a importância do trabalho de âmbito nacional realizado pelo Jardim Botânico do Rio de Janeiro, instituto de pesquisas vinculado ao Ministério do Meio Ambiente e referência nacional e internacional para o estudo e conservação da flora brasileira – destaca Ana Lúcia Santoro.
A Região Amazônica, no Jardim Botânico, inclui o lago, a cabana e a estátua do pescador. Espaço de grande relevância histórica, a área possui também uma das maiores coleções vivas dentro do arboreto. No local, há árvores monumentais e leguminosas introduzidas pelo naturalista Adolpho Ducke (1876-1959), após inúmeras viagens à Amazônia (1919 a 1928). Ducke foi chefe da seção de botânica do Jardim Botânico. Espécies como seringueira, sumaúma, pau-mulato, açaizeiro, andiroba e até o mogno e a castanheira, ameaçadas de extinção, estão na região, que recebeu novas placas de sinalização sobre o bioma e a gestão de recursos hídricos na Amazônia.
Programação da semana do Bioma Amazônia (5 a 11 de setembro)
– Domingo (5/9), às 10h
Reabertura da cabana do pescador e distribuição de livros
Fechada desde o início da pandemia, a cabana do pescador é uma reprodução das moradias tracionais amazônicas, e será reaberta à visitação pública. No seu interior, utensílios típicos ribeirinhos amazonenses poderão ser observados pelo visitante, proporcionando uma experiência histórica, cultural e ambiental da região.
Na ocasião, estarão disponíveis alguns exemplares do livro Mbaé Kaá – O que tem na mata – A botânica nomenclatura indígena, do naturalista João Barbosa Rodrigues, que foi diretor do JBRJ. A publicação ganhou uma nova edição, que foi ilustrada por jovens guarani da aldeia Pyau, no Jaraguá, São Paulo. Os visitantes poderão retirar gratuitamente os exemplares disponíveis.
– Terça, quarta e quinta-feira (7, 8 e 9/9), de 10h às 16h30
Acampamento do botânico no Lago das Tartarugas
Um acampamento botânico, com equipamentos e utensílios que pesquisadores levam nas expedições, será montado no Lago das Tartarugas. No local, o público poderá conhecer o trabalho de biólogos em campo. Pesquisadores mostrarão, por exemplo, como é feita a coleta de amostras de plantas e a preparação do material a ser transportado e, posteriormente, estudado.
– Sexta-feira (10/9), às 10h
Pré-lançamento do livro “A maloca entre artefatos e plantas: guia da Coleção Rio Negro de Richard Spruce em Londres” (evento on line)
A publicação integra o projeto “Repatriamento digital de coleções bioculturais: conectando os conhecimentos científicos e indígenas na Amazônia”, apoiado pelo Jardim Botânico do Rio de Janeiro. O livro retrata coleções de objetos feitos com matérias-primas provenientes de plantas e animais, coletados, no passado, na Amazônia e hoje se encontram guardados em instituições na Europa. Trata-se de coleção representativa de artefatos, reunidos há 170 anos, pelo botânico viajante inglês Richard Spruce. Além disso, apresenta aspectos históricos e etnográficos da região do Alto Rio Negro no século 19 e traz uma visão geral das coleções científicas e sua importância para práticas de pesquisa intercultural.
A autoria é da pesquisadora do JBRJ Viviane Fonseca-Kruel,a coordenadora daquele projeto, professora Luciana Martins, da Universidade de Londres, o antropólogo e pesquisador indígena Tukano, do Alto Rio Negro, Dagoberto Lima Azevedo, o coordenador do Instituto Socioambiental/Rio Negro, Aloisio Cabalzar, William Milliken, Mark Nesbitt e Andrea Scholz.
– Sábado (11/9), às 10h30
Pré-lançamento do jogo de tabuleiro “A´pe-buese: aprender brincando”, no laboratório didático do Museu do Meio Ambiente, seguido de visita à Região Amazônica.
O jogo lúdico foi inspirado na publicação “A maloca entre artefatos e plantas: guia da Coleção Rio Negro de Richard Spruce em Londres”. O jogo aborda plantas e artefatos do Alto do Rio Negro, na Amazônia, que contam, um pouco da cultura, fauna e flora do bioma Amazônia, especialmente do Alto Rio Negro. Também será exibido um vídeo, que mostra o projeto desenvolvido em colaboração entre Jardim Botânico do Rio de Janeiro (JBRJ) em parceria com o Instituto Socioambiental (ISA), a Federação das Organizações Indígenas do Rio Negro (FOIRN), a Birkbeck – Universidade de Londres, o Jardim Botânico Real de Kew, British Museum, e o Museu Etnográfico de Berlim. A atividade, realizada pelo Serviço de Educação Ambiental do JBRJ, será seguida de visita à Região Amazônica.
Para participar dessas atividades previstas para o sábado (11), é preciso fazer inscrição prévia pelo e-mail cvis@jbrj.gov.brou tel. (21) 3874-1808.
Todas as atividades previstas para a semana do bioma Amazônia, com exceção dos produtos vendidos nos restaurantes e na loja de souvernirs, são gratuitas e não incluem o valor do ingresso ao JBRJ.
Cardápio do restaurante (8 a 11/9)
Prato principal: filé de pirarucu
Segundo prato: cassoulet da Amazônia
Prato de origem francesa, o cassoulet ganhou um toque de brasilidade na receita do chef
Renan Magioli. O prato utiliza ingredientes típicos da Amazônia, como tucupi, pirarucu e jambu fresco.
Sobremesa: doce de banana, sorvete de queijo, melado de cana e castanha-do-Pará
Drinque: caipivodka de açaí
Serviço – Jardim Botânico do Rio de Janeiro
Endereço: Rua Jardim Botânico, 920 (apenas sábados, domingos e feriados) e 1008
Horário: terça a domingo, das 8h às 17h
Valor da entrada
Visitantes residentes na Área Metropolitana do Rio de Janeiro: R$ 15,00
Visitantes residentes no Brasil: R$ 24,00
Visitantes estrangeiros Mercosul: R$ 45,00
Visitantes estrangeiros: R$ 60,00