O jardim de chuva de Copacabana, na Zona Sul do Rio de Janeiro, passou por uma reforma e ganhou novos equipamentos para acompanhar o desempenho dos seus recursos de drenagem. Instalado em um canteiro especial da Rua Almirante Gonçalves, as mudanças são resultado de uma parceria entre a Fundação Parques e Jardins (FPJ), órgão da Secretaria Municipal de Meio Ambiente, e a Universidade Veiga de Almeida (UVA).
Com 6 metros de comprimento, 3 de largura e 1 de profundidade, o canteiro especial foi recuperado e preparado pela FPJ para que os testes sejam iniciados nos próximos dias. O trabalho será realizado ao longo de um ano, o que permitirá aos pesquisadores fazerem um diagnóstico completo do projeto, inclusive com informações relacionadas aos ciclo das chuvas. Algumas modificações poderão ser implementadas para melhorar o desempenho do jardim, de acordo com os dados coletados e as dificuldades surgidas.
Durante a pesquisa, um infiltrômetro será utilizado para avaliar a dinâmica do jardim de chuva. Através dele serão medidas a taxa de infiltração e a velocidade com que determinado volume de chuva demora para penetrar no solo ao longo do tempo. Na pesquisa, também será utilizada uma estação de monitoramento, que inclui sensores com Arduino (plataforma de baixo custo) para acompanhar a umidade do solo e do ar, a temperatura e alguns gases poluentes.
Jardins de Chuva
Os jardins de chuva são soluções naturais e de baixo custo, que lançam mão da atividade biológica de plantas e microorganismos para a remoção dos poluentes das águas pluviais e retenção da chuva no solo, assim minimizando os impactos dos alagamentos. Eles têm ainda a função de coletar e absorver as águas da chuva, reduzindo significativamente seu volume e direcionando esse escoamento ao sistema de drenagem de água urbana.
Aproximadamente 90% dos produtos químicos e nutriente habitualmente identificados na composição das águas das chuvas são removidos pelos jardins de chuva, segundo o portal especializado ECycle.
