Um dos tesouros arquitetônicos e históricos do Centro, que quase nunca olhamos – isso quando reconhecemos – é o Jardim Suspenso do Valongo.
Lá no início do século 20, os “passeios públicos” eram comuns. Herança do Império, inúmeras praças fizeram sucesso fosse para sentar e relaxar, um bom papo ou até mesmo encontro de namoros às escondidas. A construção do espaço de descanso foi parte do plano de remodelação e embelezamento da cidade pelo Prefeito Pereira Passos. Ele foi projetado pelo arquiteto Luis Rey, sendo inaugurado em 1906.
Até 2002, quem subisse a escadaria no meio do caos da Saúde, jamais iria acreditar que o passado estava à sua frente. Por ali, um jardim romântico, formado por caminhos lúdicos e uma cascata, onde a sociedade passeava nos fins de tarde. Os caminhos eram decorados com quatro esculturas do cais da Imperatriz, projetado por Grandjean de Montigny.
Localizado na encosta da Rua Camerino com a Ladeira do Morro do Valongo, subindo pelo Observatório da UFRJ até a Rua João Homem , é um típico exemplar de paisagismo romântico. Além do romance, O Jardim Suspenso do Valongo foi criado a partir do muro justamente para conter o deslizamento da encosta. As escadarias de acesso, muito íngremes, serviram de cenário do filme “Pixote”. Fica bem do lado do que ficou conhecido como“Mercado de Escravos do Valongo” (e isso é história para outro post).
O Jardim, que trouxe paz e romance para muitos moradores da cidade, por anos a fio passou a ser reduto de consumo do crack e refúgio de mendigos. Hoje, por conta do projeto Porto Maravilha, o Jardim – que é quase secreto – Suspenso do Valongo está liberado para ser usado ao prazer. O local sempre é ponto de encontro para os amantes da fotografia e história.
Já conhece o Jardim Suspenso? Quando for lá passa no Paço!
Este foi um post patrocinado e tem como Mecenas o Shopping Paço do Ouvidor. Passa no Paço.