O recente Web Summit ocorrido no Rio de Janeiro contou com a presença de milhares de jovens empreendedores e empresários de todo a América do Sul e trouxe inúmeras oportunidades para que nossa cidade se desenvolva a partir da indústria da inovação e da tecnologia.
Não podemos perder essa chance de transformar o Rio no polo nacional da inovação, da criatividade e da economia colaborativa. Todos os segmentos da economia carioca e fluminense poderão se beneficiar muito se os governos estaduais e municipais, especialmente os que formam nossa região metropolitana, se unirem com esse propósito.
O Rio de Janeiro pode ser esse hub de inovação num modelo colaborativo envolvendo todas as cidades da região metropolitana numa equação em que todos ganham. Agora é a hora do Rio voltar a ser protagonista da economia nacional de forma inteligente e liderando a indústria do conhecimento e da inovação digital.
Nossos jovens empreendedores e empresários visionários podem contribuir muito para encontrar os melhores caminhos para a revitalização do Centro da cidade, apresentar propostas modernas para as questões ambientais e climáticas, fomentar a modernização e valorização do comercio varejista, potencializar a economia criativa desenvolvida nas favelas e comunidades, apontar soluções para a segurança e ordem pública, formular alternativas para transformar o Rio numa cidade inteligente totalmente digital e muito mais.
A hora é de criatividade. O amanhã é hoje.
Um bom exemplo está na saúde. O Governo Federal, através do Ministério da Saúde, criou um grupo de trabalho para estabelecer uma política de desenvolvimento do Complexo Econômico e Industrial da Saúde, no Brasil. Isto abre uma imensa janela de oportunidade para o Rio de Janeiro ser um grande polo no desenvolvimento da indústria de serviços e de transformação digital na saúde.
O Rio abriga a sede da Fiocruz, do INCa, do INTO, vários centros de pesquisa universitários públicos e privados, grandes indústrias farmacêuticas, possui a maior rede de assistência médica e hospitalar pública do país, é sede de grandes redes privadas assistenciais como a Rede D´or, Amil, Assim e Casa. Esse quadro confere à cidade as condições para se implantar um projeto piloto do que se pretende fazer em termos de medicina conectada, focada na melhoria do acesso do cidadão a bons serviços médicos assistenciais, com a criação de um prontuário médico único, interoperável por todos os participantes, reduzindo o desperdício e entregando melhores resultados assistenciais.
A construção de uma indústria da saúde de boa qualidade pode ser indutora de outras vocações para o Rio como o comércio digital, a economia criativa, a cultura, o esporte, a indústria da defesa, da energia renovável, do turismo e dos grandes eventos. Incentivos públicos e iniciativas privadas que fomentem o desenvolvimento de recursos digitais disruptivos e incrementais, com a efetiva participação das entidades representativas do genuíno empresariado fluminense, será a melhor solução para o Rio retomar o protagonismo perdido no ambiente empresarial brasileiro, gerando renda, empregos, riqueza, felicidade e elevada autoestima para seus cidadãos.
O Rio de Janeiro precisa voltar a ser um local atrativo para se viver, trabalhar, empreender e visitar. A hora é agora.