Grupo Máquina de Vendas, dono da Ricardo Eletro, tem falência decretada nesta quarta-feira (8). A empresa já apresentava sérios problemas financeiros há anos, tendo chegado a pedir recuperação extrajudicial, em 2020, após acumular mais de R$ 4 bilhões em dívidas e fechar 300 lojas físicas em todo o Brasil. As informações são da Agência Globo.
A decretação de falência se deu por decisão do juiz Leonardo Fernandes dos Santos, da 1ª Vara de Falências e Recuperações Judiciais do Foro Central da Comarca de São Paulo, do Tribunal de Justiça de São Paulo (TJSP), que verificou o esvaziamento patrimonial da companhia. O juiz manteve como administradora judicial, Laspro Consultores, tendo Oreste Nestor de Souza Laspro como seu representante.
Pela decisão do magistrado, os credores terão seus direitos e garantias restabelecidos às condições inicialmente contratadas, excetuando os valores pagos ao longo do processo de recuperação judicial. Ainda será feito um levantamento dos ativos da companhia para a quitação das dívidas.
Em 2018, a Máquina de Vendas deu início a um processo de recuperação extrajudicial, quando já contava com uma dívida de R$ 2,5 bilhões. Na ocasião, a empresa conseguiu estender os prazos dos pagamentos das dívidas com bancos e outros credores.
Mas, os débitos não foram as únicas complicações enfrentadas pelo grupo. Em 2020, Ricardo Nunes, fundador e ex-principal acionista da rede Ricardo Eletro, foi preso em São Paulo, no âmbito de uma operação de combate à sonegação fiscal e lavagem de dinheiro em Minas Gerais. Ele foi posteriormente liberado.
A Máquina de Venda é resultado da união entre Insinuante e a Ricardo Eletro, em 2010. No biênio 2010-2012, foram compradas ainda a City Lar, a Eletro Shopping a e Salfer. As empresas foram reunidas sob a nomenclatura Ricardo Eletro, em 2016. Mais de 3.600 funcionários foram demitidos com encerramento da operação das lojas físicas.
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