A partir desta quarta – feira (15/03), cariocas e fluminenses vão pagar mais caro pelo gás natural. A Justiça do Rio de Janeiro autorizou que a Naturgy aumentasse as tarifas do insumo, medida que havia sido barrada pela Agência Reguladora de Energia e Saneamento Básico do Estado do Rio de Janeiro (Agenersa) no início do ano.
Os consumidores da Região Metropolitana do Rio (Ceg) passarão a pagar para consumidor o gás natural em média, em 7,30% para o segmento residencial, 7,18% para o comercial, 1,10% para postos de GNV e de 1,40% para as indústrias. Já para os consumidores do interior do Estado (Ceg Rio), o reajuste será de 6,36% para residências, 5,70% para o comércio, 0,99% para postos de GNV e 1,23% para indústrias.
De acordo com um comunicado emitido pela Naturgy, o reajuste nas tarifas de gás natural cobrem parcialmente os custos inflacionários do período. Com a entrada em caixa de novos recursos, a empresa pretende honrar gastos operacionais da linha de produção do insumo. Sobre a permissão do reajuste por parte da Justiça do Rio, a Naturgy declarou: “Uma decisão judicial reconheceu o direito das concessionárias de realizarem os repasses, conforme previsto no contrato de concessão“.
Os aumentos das tarifas do gás natural somam-se aos aumentos sofridos nos preços do gás canalizado e do GNV, de até 11%, no mês de janeiro. Os moradores da Região Metropolitana do Rio (Ceg) passaram a pagar, em média, 3,59% para o segmento residencial; 3,77% para o comercial, e 11,60% para postos de GNV.
De acordo com a Agenersa, as decisões liminares anteriores, ainda vigentes, que determinaram a manutenção das atuais condições de fornecimento e precificação do gás pela Petrobras, não foram contrariadas pelos novos reajustes. Ainda de acordo a Agenersa, o último aumento, ocorrido em fevereiro, deveu-se ao reajuste do preço do gás vendido pela petroleira à distribuidora e, ocorre trimestralmente. “São custos não gerenciáveis pela Naturgy, relativos a aumento do gás natural feito pela Petrobras em âmbito nacional e, portanto, não trazem nenhum ganho para a distribuidora”, explicou a empresa.
No final de 2021, a Justiça do Rio de Janeiro, já havia derrubado um reajuste de 50% no preço do gás natural, medida que seria aplicada pela Petrobras e que passaria a valer em 1º de janeiro de 2022. Tal aumento ainda continua suspenso.