A juíza Alessandra Bilac Moreira Pinto, da 42ª Vara Criminal da Capital, manteve a prisão preventiva do ex-governador do Rio de Janeiro, Sérgio Cabral, acusado de garantir ao ex-procurador-geral da Justiça Claudio Lopes o recebimento de propina em troca de informações privilegiadas e de indevida ingerência em investigações no âmbito do Ministério Público.
No processo, Cabral é acusado de ter pago R$ 7,2 milhões em propina a Claudio Lopes.
A defesa de Sérgio Cabral pediu a revogação de prisão preventiva, entre outras alegações, sob o argumento de que a segunda instância da Justiça estadual era incompetente para processar o caso. Os advogados de Cabral também alegaram como razão do pedido a revogação da prisão do corréu Claudio Lopes, que seria o verdadeiro protagonista dos crimes atribuídos no processo.
Por fim, a juíza bateu o martelo e manteve a prisão de Cabral, alegando que a liberdade de Claudio Lopes não interfere na condenação do ex-governador. “Por obvio, o estado de liberdade do corréu em nada influi na situação do requerente, o qual é apontado pelo Ministério Público como o articulador deste e de inúmeros esquemas criminosos que levou o Estado do Rio de Janeiro a situação calamitosa em que hoje se encontra. Desta forma e diante da inexistência de novos fatos que justifiquem a modificação das decisões anteriores, mantenho a prisão preventiva do acusado Sergio de Oliveira Cabral Santos Filhos”.