O ex-deputado federal, Roberto Jefferson, vai continuar cumprindo prisão preventiva, conforme determinação da juíza Abby Ilharco Magalhães, da 1ª Vara Federal de Três Rios, depois de rever necessidade da manutenção da medida. O procedimento deve ser feito a cada 90 dias. Roberto Jefferson está preso em Bangu 8, no Complexo de Gericinó, na Zona Oeste.
Na sentença, a juíza justificou a inexistência de novos elementos que modifiquem a “concreta necessidade de manutenção da prisão preventiva”. De acordo com a magistrada, “tanto a materialidade delitiva quanto a autoria atribuída ao réu encontram-se suficientemente delineadas”.
Segundo a deliberação de Abby Ilharco Magalhães, Jefferson também não terá direito à mudança da prisão preventiva para outra medida cautelar por “insuficiência dessas últimas à garantia da ordem.” Para justificar tal medida, a juíza lembrou do armamento apreendido na casa do réu, além do uso de granadas e disparos feitos por ele contra policiais federais, em outubro de 2022, quando os agentes foram à casa do ex-deputado, Comendador Levy Gasparian, no Sul Fluminense, para cumprir o mandado de prisão decretado pelo ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), após Jefferson ter publicado um vídeo na internet no qual ofendia a ministra Carmen Lúcia, com expressões chulas. O episódio rendeu a Roberto Jeferson quatro indiciamentos por tentativas de homicídio.
Na sentença, a magistrada fez menção à decisão do do Ministério Público Federal (MPF), que recomendou a manutenção da prisão preventiva de Jefferson, que virou réu, em dezembro de 2022, após a Justiça Federal aceitar a denúncia do MPF, por tentativa de homicídio.
Na última terça-feira (24), Alexandre de Moraes decidiu manter a prisão preventiva de de Roberto Jefferson por tempo indeterminado.
As informações são do jornal O Dia.