A Justiça do Rio de Janeiro marcou para o dia 27 de junho, uma audiência entre a SuperVia e o governo estadual para definir os o futuro do serviço de trens do RJ.
A empresa responsável pelo transporte ferroviário na região metropolitana do Estado está em recuperação judicial desde 2021 e afirma que só tem mais dois meses de caixa para gerir o sistema, cobrando uma dívida de R$ 2,5 bilhões.
A concessionária ajuizou ações indenizatórias e admitiu que vai falir se o contrato de concessão não for reestruturado até o fim deste mês.
O governo, por sua vez, respondeu afirmando que não tem planos de dar ajuda financeira imediata ou reestruturar o contrato da SuperVia. Além disso, vão ser necessários 180 dias pra encontrar um novo operador que possa assumir o serviço, caso a SuperVia pare de operar.
De acordo com a decisão, assinada pelo juiz Victor Torres, se a situação não melhorar em 60 dias, a empresa pode parar de funcionar por falta de recursos, e um plano de contingência vai ser implementado para evitar a interrupção abrupta do transporte.
Esse plano inclui o fechamento temporário de estações com menor movimento, ajustes nos horários dos trens para economizar dinheiro e atender ao maior número de passageiros possível, sempre priorizando a segurança dos usuários.
Pra assegurar que a SuperVia está realmente sem dinheiro e que está fazendo o possível para resolver a situação, o juiz Victor Torres estipulou a criação de dois grupos de consultoria financeira.
Eles já estão analisando as contas da empresa pra garantir que todas as informações financeiras sejam corretas. O foco dos grupos também está na criação de estratégias para manter o serviço funcionando pelo maior tempo possível com os recursos disponíveis.
Enquanto a situação não é resolvida, a audiência no dia 27 de junho vai discutir o relatório dos consultores e decidir os próximos passos. Até lá, todos os prazos legais relacionados à recuperação judicial da SuperVia estão suspensos.