Laboratório da PUC-Rio recupera estruturas da cidade de Petrópolis com projetos 3D

'Um trabalho deste tipo pode contribuir tanto para a recuperação de um povo, auxiliando na economia, na cultura e conservação de um espaço'

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Projeto 3D de Petrópolis criado pelo Laboratório da PUC-RJ / Divulgação

 A realização 33ª Bauernfest, na Cidade Imperial de Petrópolis, é muito mais que uma festa, é uma celebração à vida e à recuperação da cidade, após as fortes chuvas que a atingiram no início de 2022. A reconstrução de Petrópolis contou com centenas de mãos amigas, entre elas a de um grupo de pesquisadores do Laboratório do Tecgraf da PUC-RIO, que recuperou os pilares da ponte da Catedral São Pedro de Alcântara destruídos durante as enxurradas, através de um complexo trabalho envolvendo alta tecnologia.

Diante do caos e da destruição que abateram a cidade serrana, os pesquisadores do Tecgraf viram a necessidade da construção material das áreas afetadas, especialmente do rico equipamento histórico local. Para isso, realizaram um mapeamento das estruturas atingidas e as modelaram em 3D, para que as intervenções de restauração fossem as mais fidedignas possíveis.

“Quisemos fazer algo que ficasse para a História e quem não quer registrar uma foto por aqui com a igreja ao fundo? Para nós foi muito especial ver através das redes sociais e de tudo que foi veiculado a respeito de Petrópolis nesses últimos dias, que um trabalho deste tipo pode contribuir tanto para a recuperação de um povo, auxiliando na economia, na cultura e conservação de um espaço que fica localizado a um ponto tão importante para a cidade, que é a Catedral São Pedro de Alcântara, onde estão os restos mortais da Família Imperial e que tantos turistas e visitantes vêm conhecer”, explicou o pesquisador, Felipe Gouvea.

A Catedral São Pedro de Alcântara é um dos cartões postais de Petrópolis e recebe aproximadamente 300 mil visitantes anualmente. A edificação passou por obras recentemente, com a aprovação do Ministério do Turismo, através da Secretaria Especial de Cultura. Parte das verbas para a realização das intervenções – R$ 13 milhões – vieram do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES).

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Poucos sabem, mas as técnicas de fabricação avançada, associadas a softwares e tecnologias 4.0, podem ser grandes aliadas da arquitetura, da arte e outras manifestações humanas. Através delas, réplicas de obras de arte podem ser criadas ou resgatadas. As técnicas têm sido usadas para manter artefatos históricos catalogados, para que as peças não se percam em caso de sinistro, como aconteceu no acervo do Museu Nacional do Rio, que pegou fogo em setembro de 2018. O imóvel abrigava mais de 20 milhões de itens históricos. Muitas dessas peças foram reconstruídas graças à impressão 3D.

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