Para se adaptar às restrições impostas pelo Ministério dos Portos e Aeroportos, a Latam Brasil já executou a redução de voos com saída do Aeroporto Santos Dunont (SDU). A iniciativa, que passa a valer no segundo semestre deste ano, visa ampliar o número de operações no Aeroporto Internacional Tom Jobim (RIOgaleão).
Em uma conferência realizada na noite desta quarta-feira (2), o CEO da empresa, Jerome Cadier, adiantou que as operações no SDU serão reduzidas em 30% em relação ao primeiro semestre de 2023.
A Latam Brasil já migrou alguns voos para o Galeão, mas em proporção inferior às operações com partida do Santos Dumont. Segundo Jerome Cadier, o acréscimo de voos no Galeão dependerá da dinâmica da econômica nacional neste semestre.
Como o Governo do Estado do Rio de Janeiro estuda reduzir a alíquota do ICMS sobre o combustível de aviação, a movimentação da Latam pode ampliar o número de voos no terminal da Ilha do Governador, na Zona Norte do Rio. A medida já foi adotada por outros Estados da federação com êxito na abertura de novas rotas. A redução do ICMS ainda precisa ser aprovada pelas instâncias governamentais locais.
As informações são do site Aeroin.
Pelo que foi decidido, as empresas aéreas terão que levar para GIG até janeiro de 2024 todos os voos que não sejam de e para Congonhas e Brasília. Só voos para esses dois aeroportos é que poderão ficar em SDU. Hoje a maioria dos voos domésticos de e para o Rio de Janeiro vem operando em SDU. Resta saber se essa transferência de voos de SDU para GIG vai ocorrer ou não. Li que vários voos que a GOL havia transferido de GIG para SDU (Porto Alegre, Curitiba, Navegantes, Florianópolis) em passado recente (a GOL foi a última companhia aérea a ter a maioria dos voos em SDU) vão voltar para GIG ainda este ano. Já a LATAM não fala que voos seriam esses que ela vai transferir para GIG, e a Azul nem se pronunciou, mas foi a Azul, que, em 2009, iniciou o processo de esvaziamento de GIG em relação aos voos domésticos, escolhendo SDU, e não GIG, para centralizar seus voos na cidade, com aquiescência da ANAC e da SAC. Particularmente, sou contra essa imposição às cias aéreas. Acho que isso não resolve o problema de GIG, que é o acesso ao aeroporto. Temo que, dentro de algum tempo (só não sei quanto tempo), o problema do desequilíbrio retorne, já que SDU, por menor que seja, tem localização e acessos privilegiados, o que não ocorre com GIG.