As obras da tirolesa no Pão de Açúcar, na Urca, Zona Sul da capital, não representam risco ao morro ou dano à paisagem carioca, segundo o novo parecer técnico da Fundação Instituto de Geotécnica (Geo-Rio), órgão atrelado à Prefeitura do Rio de Janeiro, enviado ao Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan). As intervenções para a construção do equipamento foram paralisadas, em junho, por decisão do Ministério Público Federal (MPF), sob alegação de dano ambiental e pena de multa diária.
O presidente do Iphan, Leandro Grass, afirmou que o estudo foi realizado com base no questionamento da sociedade civil, que estava preocupada com possíveis ao morro.
“A Geo-Rio mostrou que os danos constatados nas rochas são rotineiros, provocados por movimentos de massas oriundos das chuvas e de um conjunto de outros fatores”, comentou Grass ao jornal Extra, complementando que o parecer técnico verificou que não há riscos envolvidos na construção da tirolesa: “Por consequência, eles refutam a tese de que há uma mutilação geológica, utilizado como argumento pelo Ministério Público”.
Em sua ação, o MPF argumentou que “os cortes já efetuados em ambos os morros totalizam volume de rocha de 127,83 metros cúbicos, o equivalente a 127 caixas d’água com capacidade para 1.000 litros, cada”.
Na época, o órgão argumentou ainda que o corte da rocha seria irreversível, ao contrário do que acontece à vegetação ou a uma construção humana que podem ser recompostas.
“Diferentemente de uma árvore ou de uma construção humana, que podem, literalmente, renascer das cinzas, o corte de uma rocha, por menor que seja, será para sempre irreversível, pois não há possibilidade de reconstituição daquilo que levou milhões de anos para se formar”, argumentou o MPF, na ocasião.
As informações são do jornal Extra.