A Marinha virou alvo da operação Favorito, braço da Lava Jato e deflagrada nesta quinta-feira (14/05) no Rio de Janeiro. Segundo as investigações, foram encontrados indícios de fraude na compra de álcool em gel utilizado pela Força no combate ao Coronavírus.
Um dos presos, Alessandro Duarte – apontado como operador de Paulo Melo, ex-deputado estadual e ex-presidente da Assembleia Legislativa do RJ, que já tinha sido preso pela força-tarefa – foi flagrado em mensagens interceptadas com autorização da Justiça discutindo — com um militar da Marinha — a simulação de preços para a compra emergencial do produto.
Veja o diálogo ocorrido no dia 28 de fevereiro:
Militar: Deixa te falar contigo rapidinho. Você consegue três preços diferentes com três CNPJ?
Alessandro: Consigo! Tem aí o volume que precisa?
Militar: Vou ver o volume… vai ser um volume grande. Todo quartel. Mas vai ser pior, não precisa fazer licitação. Vai ser com urgência, entendeu?
Alessandro: Pega todas as informações que precisa.
Militar: Eu sempre faço. Eu só preciso que você mande para mim três preços diferentes. Eu sou Playmobil! Eu sou várias coisas amigão, eu sou multiuso!
Alessandro: risos
Militar: Eu vou fazer contigo.
Alessandro: Pensa nos dois. Bota na mesa.
Militar: Dá para todo mundo morder uma farpela. Eu vou mandar para você o que eu quero por e-mail ou mando pelo zap e você vai me mandar uma e-mail para mim formalizando com três empresas. Eu vou pegar a empresa mais barata e vou fazer a compra. Tem nada de mais não.
No dia 19 de março, outro diálogo, agora para combinar a entrega:
Alessandro: Fala, amigão!
Militar: fala. Sua empresa consegue entregar hoje?
Alessandro: Eu acho que sim. Vou ligar. Estou perguntando a eles. Que horas que pode entregar?
Militar: Até quatro horas.
Alessandro: Deixa eu ver aqui, que são duas e meia. Fica onde?
Militar: Fica na Ilha do governador. Lá no Bananal.
O juiz Marcelo Bretas determinou que o Ministério Público Federal envie uma cópia do processo para a Justiça Militar, para apurar a conduta do suspeito de práticas ilícitas.
O MP afirma que a conversa “demonstra a prática de manobras ilícitas para a contratação, com dispensa de licitação, de empresa do grupo do investigado [Alessandro] para fornecimento de álcool em gel para a Marinha do Brasil”.
Os promotores ainda dizem que Alessandro “obteve, ao final, a contratação de suas empresas, já que a sequência de conversas indica as tratativas para entrega do material”.
O DIÁRIO DO RIO entrou em contato com a Marinha, mas até o fechamento desta matéria, não havia obtido retorno.
Julgar uma instituição séria, respeitada de homens honrados por causa de um vagabundo, provavelmente Petista, é no mínimo malcaratismo, estupidez, imbecilidades e alienação dos fatos, sem falar em covardia, em todos os lugares e seguimentos existem bandidos se procurar verás que até na sua família.
Existe gente desonesta em todo lugar. Mas está claro que é uma transação em que somente ele lucra. Não se pode dizer que A Marinha fraudou cometeu ilícito. Alguém da Marinha, usou de sua posição para cometer o crime. Os governos estão enchendo os cofres de recursos para o combate à pandemia. É a velha frase “nunca desperdice uma crise”.
Vejam só: http://www.justificando.com/2019/01/24/mourao-reduz-transparencia-do-governo-com-decreto-que-altera-lei-de-acesso-a-informacao/
Por isso os militares apoiaram a retirada da Dilma, por isso eles mantém o Bolsonaro. O PT inventou uma tal de lei de transparência, os militares, apesar de receberem verbas fartas no governo do PT, nunca gostaram de prestar contas. Enquanto o mister mamata estiver no planalto a caserna fica feliz.
Da Novela: Não existe corrupção na Ditadura