Já pensou em possuir as famosas joias da ex-primeira dama do Rio de Janeiro, Adriana Ancelmo? Pois algumas delas iam a leilão, mas ele acabou sendo cancelado, e olha que nem foi a pedido da esposa de Sergio Cabral (MDB/Bangu) e sim por causa de uma matéria da Folha de São Paulo.
A Folha revelou na semana passada que o preço-base das 40 peças oferecidas era, no total, 78% menor do que o atribuído a elas em laudo da Polícia Federal. Por isso o juiz Marcelo Bretas decidiu por ofício cancelar o leilão, já que o preço baixo poderia causar prejuízo aos cofres públicos.
“Verifiquei que há considerável discrepância entre os valores atribuídos pela Caixa Econômica Federal às joias apreendidas e os valores supostamente pagos pela aquisição de tais bens. […] Tendo em vista a proximidade do leilão, o fato de que, possivelmente, diversos itens foram avaliados muito aquém do seu real valor, e que não há tempo hábil para reavaliação, suspendo o leilão quanto às joias em comento”
Na hasta pública tinha joias avaliadas por um avaliador da Caixa Econômica Federal, em setembro de 2017, por um valor 98% menor que a avaliação da Polícia Federal. Um relógio Laurens Chronograph, pela PF, tinha sido avaliado em R$ 5.000, no leilão o preço mínimo era de R$ 100.
De acordo com a Folha, a joia mais valiosa apreendida na ocasião era um par de brincos Antônio Bernardo em ouro branco de 18 quilates, com rubis. Eles foram avaliados em R$ 162 mil pela PF e em R$ 11.798 para o leilão – um desconto de 93%.
Mesmo que as cerca de 40 joias, que iam ao leilão nesta quinta-feira, fossem vendidas, não chega perto do número que a ex-primeira dama possuía. Há ainda outras 97 joias apreendidas no mesmo apartamento em 5/12/2016, na operação que prendeu Adriana. E muitas que estariam desaparecidas…
As autoridades não encontraram até hoje as mais caras, como o brinco espeto de turmalina com diamantes, que custa R$ 612 mil, e o anel de ouro amarelo com rubi, estimado em R$ 600 mil, os dois mais caros da lista.