O Ministério Público do Estado do Rio de Janeiro (MPRJ) recebeu nesta quinta-feira (20) o vereador Leniel Borel (PP) para discutir o fortalecimento das ações de combate à violência infantil e a atuação institucional na proteção de vítimas. Presidente da Comissão Especial de Combate à Violência Infantil da Câmara Municipal, Leniel apresentou dados alarmantes sobre a realidade enfrentada por crianças e adolescentes no estado e destacou a urgência de medidas mais efetivas.
“A principal missão do meu mandato é lutar contra a violência infantil. Essa é uma pauta urgente e que precisa ser tratada com prioridade absoluta. Precisamos fortalecer as redes de proteção e garantir que nenhuma criança fique sem assistência”, afirmou o vereador.
Durante o encontro, Leniel foi recebido pelo procurador-geral de Justiça, Antonio José Campos Moreira, que destacou o trabalho desenvolvido pelo Núcleo de Apoio às Vítimas (NAV/MPRJ), responsável por prestar suporte jurídico e psicológico a vítimas e familiares. O procurador reiterou o compromisso da instituição com o acolhimento e a prevenção, e colocou o órgão à disposição para ampliar as iniciativas conjuntas com o Legislativo.
Além das políticas públicas voltadas à infância, a reunião abordou o andamento do caso Henry Borel, morto em 2021, aos quatro anos de idade. O MPRJ apresentou denúncia por homicídio triplamente qualificado, mas o júri popular dos acusados ainda não tem data definida.
“Não há justificativa para essa demora. O Ministério Público já cumpriu seu papel e denunciou os responsáveis pelo assassinato do meu filho. Mas a justiça precisa acontecer. Eu, como pai, e toda a sociedade exigimos respostas. A luta por justiça não pode parar, não apenas pelo Henry, mas por todas as crianças que ainda podem ser salvas”, cobrou Leniel Borel.
Ao final da reunião, o vereador reafirmou seu compromisso com a causa e disse que seguirá pressionando as autoridades pela celeridade do julgamento e pela implementação de políticas que protejam efetivamente a infância. “Cada dia que passa sem justiça é um dia a mais em que outras crianças correm perigo. E isso nós não podemos permitir”, concluiu.
