Um levantamento da distribuidora de energia no Rio de Janeiro, a Light, aponta que empresa fechou o ano de 2022 com um prejuízo de R$5,6 bilhões, o que representa queda de 1.500% em relação ao ano anterior. Companhia afirma que receita foi afetada por “efeitos não recorrentes”, isto é, após reavaliação de “contingências” no quarto trimestre do ano passado. Todo o conjunto afetou negativamente o resultado líquido da companhia.
A Light está montando uma estratégia para manter as operações até a renovação do contrato de concessão. O acordo vence em 2026. A antecipação da renovação do contrato é vista como uma das alternativas para ajudar a empresa. Por ser uma concessão, a empresa não pode pedir recuperação judicial ou extrajudicial.
Em nota, a Light disse que o prejuízo se deu, em maioria, por causa do repasse integral aos consumidores de créditos de PIS/Cofins determinado por uma lei (nº 14.385/22). Isso porque, em 2019, a empresa ganhou uma causa onde questionou a incidência do ICMS na base desses cálculos do PIS/Cofins, e entendeu que a maior parte deveria ser devolvida ao consumidor por redução de tarifa e a outra parte ficaria com a empresa.
Mas, em junho de 2022, a mesma lei definiu que o benefício deveria ficar 100% com o consumidor. Por isso, a companhia passou a fazer a devolução integral ao consumidor e teve um impacto negativo de R$2,7 bilhões.
Light também disse que outros ajustes relacionados a contingências são de custas judiciais e provisão de devedores duvidosos, mas que não vão ter efeito no caixa. “A empresa revisou a metodologia dessas provisões para que suas demonstrações de resultado possam refletir melhor a expectativa de recebimentos de seus clientes e também suas custas processuais.”
A empresa afirmou que vai fazer ajustes em atividades para a regularização de clientes e na avaliação do valor de participações que possui em outras companhias.
Aneel
O diretor da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel), Hélvio Guerra, avalia que situação da Light é muito preocupante e mobiliza as autoridades em busca de uma solução ainda esse ano para que a empresa enfrente o momento complexo.
Guerra afirmou que qualquer que seja a solução para a distribuidora tem que ser bem percebida e aceita para a população. Ele frisou que a solução da Light tem que sair logo.
“O caso da Light está em análise na Aneel, estamos olhando com toda a atenção. Ainda não temos uma proposta de solução. Ainda não temos um encaminhamento, o processo está em análise. A gente espera que, ao longo do ano, a gente tenha uma definição”, afirmou Guerra.
O CEO da Light, Otávio Lopes, disse que o combate a furtos de energia e inadimplência é inviável nas áreas mais sensíveis da concessão da Light.
Por que tem que fornecer energia às favelas se não pagam?
Tem favelas onde casas tem ar-condicionado em todos os cômodos, até na cozinha e banheiro, ligados 24h, além de piscinas com toda água trocada semanalmente.
Ainda que seja com tarifa social pela localização, ainda assim, muitos fraudam o relógio e fazem outras ligações (até diretas no poste).
Aliás, após as ocupações (invasões) tem que muitos vereadores e deputados utilizam do poder político para pressionar concessionária de energia a colocar postes de concreto em substituição aqueles improvisados de madeira que invasores utilizam no início.
Enquanto na Europa e outros continentes países mesmo liberais reverteram as privatizações e concessões de serviços especialmente de água, gás e energia, porque viram que não há condições de manter preços justos quando as empresas apenas querem lucro e mais lucro, sem contar recursos considerados estratégicos na exploração de recursos hídricos, até mesmo sendo administrada pelo Exército (como nos EUA as hidrelétricas questão de segurança nacional) temos no Brasil um movimento contrário entregado ao setor privado…
Que tal uma nova licitação??? Salvar uma Empresa que não consegue se manter ? Melhor fazer nova licitação e a light que se exploda.
Preparem os bolsos, contribuintes fluminenses; caberá a cada indivíduo do Estado do Rio ressarcir os tais “prejuízos” da empresa. Continuemos privatizando o mundo: o lucro fica com os donos privados, mas o prejuízo é socializado, e todos pagam. Esta repetição já está ficando monótona!