Você colocaria sua marca em uma lixeira? Bem, um bom publicitário criaria uma campanha genial com isso e cansado de gastar dinheiro com as papeleiras, já que aparentemente o carioca precisa de uma em cada poste para não sujar a rua, o prefeito Eduardo Paes publicou um decreto nesta quarta-feira, 22/11, regulamentando o programa “Adote o Rio”, para estimular a iniciativa privada a adotar as papeleiras de lixo da Companhia Municipal de Limpeza Urbana (Comlurb). A informação é do site Janela Publicitária.
Segundo a Comlurb, a importância do projeto se deve ao vandalismo e o furto de papeleiras gerarem prejuízos em toda a cidade. De janeiro de 2022 a setembro de 2023 se gastou R$ 2,4 milhões com o problema. Entre reposições, trocas e novas instalações, foram colocadas 16.009 papeleiras, metade do parque de 32 mil papeleiras da cidade.
No texto do decreto, Paes define que caberá à Comlurb, agora, definir os modelos das papeleiras que poderão receber apoio privado ao longo da cidade, para que as empresas interessadas se responsabilizem por sua aquisição, instalação e conservação.
Para Márcio Ehrlich, editor do Janela, “a Prefeitura parece estar perdendo na iniciativa é a oportunidade de que estes espaços sejam gerenciados pelos especialistas do próprio setor publicitário carioca, como as muitas empresas de Out-Of-Home (OOH) que atuam no mercado. As marcas ou mensagens dos patrocinadores, pelo que determina o decreto de Eduardo Paes, deverão ser aplicadas através de adesivagem na própria papeleira. Daí a Janela acreditar que as empresas do setor de OOH poderiam colaborar com propostas mais interessantes, como a adoção de algum tipo de suporte que permitisse a comercialização rotativa dos espaços sem ser necessariamente na lixeira.” E dá o exemplo de lixeiras no exterior com publicidade:
Na maior parte, quem destrói as lixeiras são os moradores de rua e cracudos. Só não destroem se as lixeiras forem de cimento.
Olha, se isso significar uma maior reposição dessas papeleiras, po que não? Mas a cidade carece urgentemente também de campanhas de “não jogue lixo no chão”. Muito trabalho é necessario para mudar a cultura do povo.
Se a população parar de depredar as lixeiras só porque deixaram de ser públicas e passaram a ser privadas, será a evidência definitiva da crônica falta de cérebro do povo. É esperar para ver.