Fui ao show da banda carioca Los Hermanos, realizado no último sábado, no Maracanã. Sendo sincero, minha expectativa não era das maiores. Eu iria gostar da apresentação, no geral, pois curto o som da banda (apesar de não ouvir muito nos últimos tempos) e determinadas canções me tocariam. Contudo, a ideia de uma turnê com indícios de “caça níquel” me fazia ter uma perspectiva menos positiva. Ainda bem que eu estava errado.
O Los Hermanos fez um show de estádio de futebol. Uma grande apresentação, um clássico. O público, de cerca de 40 mil pessoas, contemplou os maiores sucessos da banda e cantou junto a plenos pulmões. Até a música nova, “Corre corre”, embora tenha tido bem menos apelo que as antigas, teve seu coro. Senti falta de “Cara estranho”, mas nada que atrapalhasse o show.
Destaque positivo para a sequência de músicas mais animadas, que mexeu com a plateia. “Tenha dó”, “Quem sabe” e “Descoberta” formaram um mini setlist digno de pequenas rodas punks. O momento foi encerrado com “Anna Júlia”, que levantou de vez o bloco. Inclusive, com gritos da torcida vascaína, que tem a canção em um dos seus mais marcantes gritos de arquibancada.
Por outro lado, muitos foram os momentos mais românticos, reflexivos do show, que começou com “A flor” e terminou com “Pierrot” – essa já no bis, tão aclamado pelo público.
No palco, a banda estava à vontade. Tocando solta, se divertindo. Em diversos momentos, me recordei da apresentação de 2007, o “primeiro último” show do Los Hermanos, que gerou um DVD. Eu estava em ambos e notei convergências nas duas ocasiões. Sobretudo nos melhores momentos.
Essa turnê do Los Hermanos pode até ser só para levantar uma grana, um fato corriqueiro na trajetória de muitas bandas, mas esse show no Maracanã teve algo de especial, além disso. Já é um clássico.
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