Má qualidade do asfalto do Aterro do Flamengo gera medo de acidentes em motoristas

Desde a realização das obras de recapeamento, na gestão de Marcelo Crivella, a via expressa se tornou perigosa, na opinião de usuários da pista

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Aterro do Flamengo - Foto: Alexandre Macieira | Riotur

Importante via que liga a Zona Sul ao Centro do Rio de Janeiro, o Aterro do Flamengo se tornou motivo de grande apreensão para condutores que precisam pegar este trajeto. Nos dias de chuva, o medo é ainda maior diante dos vários acidentes que aconteceram na importante via, desde a realização das obras de recapeamento, em 2019, na gestão do então prefeito, Marcelo Crivella.

Nesta chuvosa segunda-feira (14), foram registrados três acidentes, sendo um deles o capotamento de carro, nas proximidades da Avenida Rui Barbosa, segundo o Centro de Operações Rio (COR), que reportou ainda outro acidente, também envolvendo um automóvel, na altura do Monumento aos Pracinhas. O Corpo Militar de Bombeiros do Rio de Janeiro (CBMERJ) também acusou uma ocorrência na Avenida Infante Dom Henrique, sentido Centro da cidade. Os três acidentes resultaram em quatro feridos. Duas pessoas foram atendidas no local da ocorrência, outra foi levada para o Hospital Municipal Miguel Couto, na Gávea; e a quarta vítima recusou atendimento.

Desde a realização das intervenções no Aterro do Flamengo, no governo Crivella, moradores da região e condutores têm relatado insegurança ao passar pela via que, segundo eles, se tornou perigosa, especialmente em dias de chuva, ocasião em que a pista fica muito escorregadia.

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Diante das várias reclamações e números de acidentes, o Tribunal de Contas do Município do Rio de Janeiro (TCMRJ) elaborou um relatório, em 2020, onde manifestou preocupação com a segurança dos usuários da via expressa. No documento, o TCU apontou que as ocorrências seriam decorrentes da má qualidade do asfalto colocado pela administração de Marcelo Crivella. Na ocasião, a Secretaria Municipal de Infraestrutura, Habitação e Conservação (SMUIH) tentou desqualificar o relatório, atrelando-o ao período eleitoral. A SMUIH, então, rebateu o relatório do TCU argumentando que “a aderência do material utilizado era a ideal para o local e houve, inclusive, a correção de ângulo de algumas curvas que estavam erradas há anos. Mesmo na época da colocação, não houve aumento de acidentes com base na análise do registro histórico”.

Mas não foi isso o que seu viu nos anos posteriores ao recapeamento do Aterro realizado pela gestão do ex-prefeito. Em novembro de 2019, um acidente entre dois ônibus deixou seis pessoas feridas, as quais foram encaminhadas ao Hospital Miguel Couto. Ainda em novembro daquele ano, o motorista de um Fiat Doblo cinza sofreu um acidente ao tentar frear o carro na via. No mesmo mês de 2022, uma mulher morreu e quatro pessoas ficaram feridas em um acidente de carro. Em abril de 2023, a pista do Aterro registrou outro grave acidente, que resultou na morte de uma mulher, além de três pessoas feridas, sendo uma delas, uma criança de 10 anos. A tragédia aconteceu na altura do Posto BR, no sentido Copacabana, quando o condutor do veículo perdeu o controle da direção e se chocou contra Avenida Infante Dom Henrique.

A Secretaria Municipal de Conservação, que foi procurada pelo jornal O DIA para comentar sobre a situação da via expressa, adiantou que, em 31 de julho, tiveram início as intervenções do programa Asfalto Liso, com o objetivo de trocar todo o revestimento das avenidas Infante Dom Henrique, Alfredo Agache, General Justo e Nações Unidas. A SMUIH estima que as obras devem ser concluídas em três meses, caso não haja interferências climáticas consideráveis.

As informações são do jornal O DIA.

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