Um macaco-prego morreu após eletrocutado em uma fiação no Jardim Botânico, na Zona Sul do Rio, no último sábado (15/07). Ele chegou a receber atendimento médico no Instituto Vida Livre, mas não resistiu aos ferimentos e acabaou falecendo.
Em um primeiro momento, o animal foi socorrido por uma equipe que fica no Jardim Botânico, e depois levado para o Instituto, onde passou horas recebendo cuidados.
Defensores da causa animal pedem mais rigor na investigação de casos como esse. A queixa foi registrada na 15ª DP (Gávea) contra a empresa Light.
O caso foi registrado como maus-tratos a animais, e os protetores defendem que como a situação é recorrente, a investigação deve abranger a esfera criminal. Os defensores dizem ainda que há um grave risco para os animais por causa da falta de manutenção adequada.
Questionada, a Light disse que acredita na importância de zelar pela preservação do meio ambiente e prevenir riscos de eletrocussão de animais silvestres. E que para isso realiza poda de árvores para afastar os animais da rede elétrica e toma outras medidas (veja abaixo a nota completa).
Nota da Light
“A Light acredita na importância de zelar pela preservação do meio ambiente e prevenir o risco de eletrocussão de animais silvestres. Para isso, a companhia realiza planos cíclicos de poda de árvores, o que afasta os animais da rede elétrica – anualmente são podadas mais de 60 mil árvores na cidade do Rio e 150 mil árvores na sua área de concessão.
Também são implementados, estrategicamente, protetores e mantas para minimizar o contato direto com pontos energizados da rede. Em pontos mais sensíveis, onde há maior incidência de animais silvestres, os condutores de média tensão possuem revestimento, ou seja, estão protegidos quanto ao contato direto com o condutor energizado e os circuitos são inspecionados anualmente a fim de levantar fragilidades e possíveis defeitos.”
Um projeto de lei do deputado federal Marcelo Queiroz (PP) exige adaptações e melhorias nas redes elétricas e quer responsabilizar empresas pelo custeio de resgate e tratamento dos animais feridos.
“Estivemos na 15ª Delegacia de Polícia, junto com o Instituto Vida Livre para, mais uma vez, registrar a irresponsabilidade e a negligência da concessionária de energia em mais um episódio triste em que um macaquinho foi queimado pela fiação elétrica e não sobreviveu. Quero agradecer o total apoio do Instituto Vida Livre, que acolheu e fez todo possível para salvar o animal. Não vamos descansar até conseguirmos aprovar nosso Projeto de Lei que exige melhorias das redes e responsabiliza as empresas causadoras pelo custeio e tratamento dos animais“, comentou o deputado sobre o caso.