Maioria dos autores de violência contra crianças são do sexo masculino, aponta Instituto Rio21

Dados analisados pelo Instituto Rio21 mostram o perfil dos atendimentos em Unidades de Saúde em função de violências doméstica, sexual ou de qualquer outra natureza

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No último sábado, dia 4 de junho, foi o Dia Internacional das Crianças Inocentes Vítimas de Agressão. Essa é uma data importante na medida em que seu objetivo é conscientizar e combater a violência diária que várias crianças sofrem no mundo inteiro. Em respeito a essa problemática, o Instituto Rio21 analisou dados da base de Violência Interpessoal/Autoprovocada do Sistema de Informação de Agravos de Notificação (Sinan) para a cidade do Rio de Janeiro.

São apresentadas informações sobre o perfil dos atendimentos em Unidades de Saúde em função de violências doméstica, sexual ou de qualquer outra natureza. Os dados foram acessados através da Base dos Dados, instituição sem fins lucrativos que visa ampliar o acesso a dados públicos. 

O gráfico abaixo mapeia o percentual de casos em que houve violência física:

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Percentual do autor mais provável de violência contra criança entre 2009 e 2019. Fonte: Sinan. Elaboração: Instituto Rio21.

Em quase todos os anos não houve violência física na maior parte dos casos. Mesmo assim, os percentuais dos casos em que houve esse tipo de violência foi consideravelmente alto em todos os anos, considerando a gravidade da situação – mesmo no ano com menor porcentagem, a proporção se aproximou de 30%. 

O próximo gráfico faz um mapeamento para violência psicológica:

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Percentual de casos em que houve ou não violência psicológica contra crianças entre 2009 e 2019. Fonte: Sinan. Elaboração: Instituto Rio21.

As ocorrências de violência psicológica são mais raras, mas ainda consideráveis. Chama atenção o fato de que, em 2009, o percentual de casos em que houve violência psicológica superou 50% do total. Um ponto positivo é que, entre 2015 e 2019, o percentual caiu mais da metade.

Outra informação que consta na planilha analisada é o sexo do provável autor da violência: se é masculino, feminino ou de ambos os sexos. Em todos os anos entre 2009 e 2019, a maior parte dos autores era do sexo masculino, chegando a representar quase 90% em 2009. Os percentuais caíram nos anos seguintes, mas ainda são superiores aos casos em que mulheres são as autoras da violência:

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Percentual do autor mais provável de violência contra criança entre 2009 e 2019. Fonte: Sinan. Elaboração: Instituto Rio21.

A violência contra crianças ainda é uma problemática latente e muito séria. Mesmo que alguns percentuais possam parecer pequenos, a gravidade do assunto faz com que qualquer indicativo de ocorrência deva ser combatido, por menor que seja. É necessário que o poder público implemente medidas efetivas de proteção à essa população vulnerável.

*Os dados foram filtrados somente para as ocorrências em que o paciente tinha menos de 18 anos. Além disso, os percentuais foram calculados somente para os registros com informações válidas. Casos sem registro na coluna analisada também foram descartados no cálculo da porcentagem.

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23 COMENTÁRIOS

  1. Mais uma piada.

    Ano passado, foi lançada uma matéria que pais e padrastos eram maior índice de violência sexual contra os filhos.

    Entretanto,

    A Mãe estava no topo seguida por Padrasto e depois os Pais.

    Ou seja,

    Rodízio de padrastos com diversos abusos de seus filhos e filhas, ninguém falaz né?

    Aí obviamente como viram o estudo e descobriram, até apagaram a estatística.

    Aí agora, curiosamente esse ano, lançam essa ai para falar de “sexo masculino”.

    Tentam de tudo enviesar as estatísticas para defender uma Narrativa, mas a Realidade eh outra

    • Exatamente. Meu filho já tinha lido a matéria e eles até a revisaram. Onde dizia que quase 50%eram homens. Isso quer dizer o que? Que mais de 50 %são mulheres. Uns idiotas

  2. é triste ver um homem responsável por criar uma manchete dessas. A pesquisa pode até apontar uma maioria masculina, mas o que se vê de fato é a crescente participação feminina nesses crimes. E a diferença nem é tão gritante assim entre homens e mulheres, mesmo assim, a mídia teima em tratar os homens como monstros. Então Felipe, obrigado por colaborar com esse pensamento e nos colocar sempre como os grandes culpados de todo o mal do mundo.

  3. A manchete é tendenciosa sim. Ponto!

    O Gabriel, que pediu tanto que outros lessem a matéria, se leu, não entendeu. Talvez seja um problema cognitivo dele, pois:
    1. A matéria fala em autor PROVÁVEL;
    2. Ambos significa que a violência partiu dos dois (M e F), mas não quantifica os valores individuais de cada SEXO (observe que aqui não se fala em gênero), fato esse que não sustenta a afirmação da manchete;
    3. Se o Gabriel fosse tão bom em leitura e interpretação de texto como ele cobra ‘dosotro’, ele teria visto, CLARAMENTE, que no período observado houve uma redução de casos de violência praticados por prováveis autores do SEXO masculino e um aumento de violência por autores do SEXO feminino.

    Se eu fosse leviano como o autor da matéria e aqueles que à defendem, Gabriel, eu poderia postular que as mulheres se tornaram mais agressivas que os homens, nos últimos anos, com relação à casos de violência doméstica contra seus filhos. Poderia tbm, supor que isso se daria por conta do crescimento feminismo. Mas, não vou fazer isso e ficar semelhante ao gabriel (com letra minúscula mesmo!).

  4. Que chamada absurda da matéria.
    Enquanto isso homens estão entrando na água e lama de graça pra resgatar mulheres nas enchentes de Recife, Brumadinho etc.
    Homens deveriam repensar esse sacrifício q eles fazem pela sociedade, uma vez que o jornalismo (que nem precisa de diploma) faz todo uma acrobacia pra colocar homens como vilões. Isso tbm foi feito no passado com alguns povos.
    Eu vejo o futuro repetir o passado

  5. Se o último parágrafo mostra que são ambos os sexos, dá na mesma, então as mulheres agridem mais.
    A chamada da matéria é muito anti homem mesmo.

  6. Alguém sabe dizer o que é considerado violência contra criança? Eu não gosto de correções que envolvam dor, mas é algo comum, a qual nível a agressão precisa chegar para ser considerado na estatística? E também não acho certo a divulgação de 50% das agressões é cometida por homens, o que dificilmente teria um título tão ‘chamativo’ se a estatística fosse inversa, já que geralmente as correções fica a cargo do homem, quantas casas essa responsabilidade é passada para eles porquê no imaginário social, o homem deve assumir o papel de mais rígido ‘pra não dizer agressivo’, na correção do filho, enquanto a mãe preza por manter a imagem de boa mãe. Ou não tem nada a ver com correções e sim só violência cometida por criminosos? Eu realmente estou perdido nisso.

  7. Profissionalismo e comprometimento com a honestidade e verdade não tem aqui, né? Manipulam o título pra gerar raiva contra o sexo masculino, mas A MAIORIA DOS ABUSADORES SÃO MULHERES! Aproveito pra dizer que Feminismo é um câncer e se você acha que é sobre diretos iguais, você não sabe nada sobre o assunto! Leia o livro da Ana Campagnolo, Feminismo: Perversão e Subversão.

    • Caro, caso não tenha percebido pelo último gráfico da matéria, os dados são divididos pelas categorias “Masculino”, “Feminino” e “Ambos os sexos”. Uma rápida visualização do gráfico permite verificar que a maior parte dos agressores são homens, representando mais de 48% do total em 2019. As mulheres representam 36,2% no mesmo ano, o que não configura maioria, por simples matemática. Acredito que seja uma questão de ler a matéria antes de opinar! Grande abraço.

      • Certo Gabriel. Mas a Stella se referiu à manchete, totalmente desonesta. E o “ambos os sexos” pode ser adicionado tanto ao percentual de homens como ao de mulheres, ou seja, vai dar maioria de qualquer jeito, ao gosto do freguês.

  8. Olha o malabarismo que o corno manso do jornalista teve que fazer pra não dizer no título que a maioria dos agressores são mulheres. Essas classe jornalística BR é uma piada pronta. A maioria não passa de militantes esquerdistas sedentos por uma lacração.

    • Caro, caso não tenha percebido pelo último gráfico da matéria, os dados são divididos pelas categorias “Masculino”, “Feminino” e “Ambos os sexos”. Uma rápida visualização do gráfico permite verificar que a maior parte dos agressores são homens, representando mais de 48% do total em 2019. As mulheres representam 36,2% no mesmo ano, o que não configura maioria, por simples matemática. Acredito que seja uma questão de ler a matéria antes de opinar! Grande abraço.

      • Caso você nao tenha lido direito, o ultimo gráfico se da por “Percentual do autor mais provável de violência contra criança ´´

        Não é nem uma dado concreto observável, com uma fonte sólida.
        Tu usou logo o gráfico do qual esta nomeado como “PROVÁVEL´´?

        Pelo amor, deixa de ser animal

    • Caro, caso não tenha percebido pelo último gráfico da matéria, os dados são divididos pelas categorias “Masculino”, “Feminino” e “Ambos os sexos”. Uma rápida visualização do gráfico permite verificar que a maior parte dos agressores são homens, representando mais de 48% do total em 2019. As mulheres representam 36,2% no mesmo ano, o que não configura maioria, por simples matemática. Acredito que seja uma questão de ler a matéria antes de opinar! Grande abraço.

  9. Isso quer dizer que MAIS DA METADE das agressões partem do SEXO FEMININO, mas o mínimo, lacração e sensacionalismo dessa página, não diz claramente o que realmente é

    • Caro, caso não tenha percebido pelo último gráfico da matéria, os dados são divididos pelas categorias “Masculino”, “Feminino” e “Ambos os sexos”. Uma rápida visualização do gráfico permite verificar que a maior parte dos agressores são homens, representando mais de 48% do total em 2019. As mulheres representam 36,2% no mesmo ano, o que não configura maioria, por simples matemática. Acredito que seja uma questão de ler a matéria antes de opinar! Grande abraço.

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