O Instituto Rio21 analisou dados disponibilizados através do Datalake, uma nova infraestrutura de acesso a dados públicos lançada pela Prefeitura do Rio de Janeiro no último dia 10 de junho. Dessa vez são apresentadas algumas informações sobre os serviços públicos, mais especificamente os chamados feitos ao 1746 até o dia 6 deste mês, quando os dados foram atualizados pela última vez.
Os chamados feitos ao 1746 tiveram distribuição muito semelhante em cada mês até aqui. Como os dados de junho só vão até o dia 6, é natural que o percentual seja mais baixo e é provável que já tenha subido nos últimos dias. De resto, os valores ficam em torno dos 20%.
Os cariocas acionam o 1746 por vários motivos diferentes:
O tema que mais se destaca entre as solicitações são aquelas motivadas por problemas de Iluminação Pública, o que envolve uma série de tipos de ocorrência: reparo de lâmpada piscando, reparo de lâmpada apagada etc. Também contabilizam mais de 10% as solicitações por estacionamento irregular e remoção gratuita.
Neste ano, mais da metade dos chamados abertos já foram classificados como “Fechado com solução”. Praticamente 12% dos chamados estão sem possibilidade de atendimento.
O projeto do 1746 é fundamental para a integração entre cidadãos e prefeitura, já que possibilita um canal direto de contato entre eles. Assim, um cidadão registra uma ocorrência e os órgãos competentes da prefeitura podem se mobilizar para resolver os problemas que mais incomodam os cariocas.
Pois é, inacreditável que os postes de luz com lâmpadas de Led, recém instalados, já estejam apagados e pior a lambança que foi feita pelas empreiteiras nestas instalações, destruindo as calçadas e com uma reposição do piso horrorosa (se não fossem da Prefeitura, certamente seriam multadas).
Outro ponto é esse 1746, também inacreditável, que se tenha em média apenas 20 ligações (uma por dia útil), fruto de um serviço que atende bem mas totalmente ineficiente, onde na maioria das vezes as reclamações não resultam em nada, ligamos, reclamamos e nada é feito, o que certamente desestimula as pessoas a manterem contato com aqueles.
O que mais vemos são luminárias novas com lâmpadas acesas durante o dia. Um desperdício.
Além disso, não levam em consideração que a luz de led não se difunde como as antigas. Seu foco é mais forte, porém mais direcionado.
Resultado: a galeria menor do túnel Rebouças só está bem iluminada na faixa do meio. O mesmo ocorre na Linha Vermelha, em São Cristóvão, sentido Galeão.
A Rio Luz, largamente ineficiente, deixou esta tarefa para a subconcessionária Smart Luz, que assumiu este imenso rojão. Que ela tenha sorte em acertar todos os furos daquela empresa pública, que poderia agora ser fechada para o bem-geral da população carioca que não deseja gastos desnecessários.
Mais: dado que a Smart Luz está trocando tudo por LED, mais eficiente em termos energéticos, que tal a prefeitura baixar a COSIP? Ela rachou a COSIP com a Smart Luz, mas quer ficar com o percentual economizado!! E o povo que continue pagando contribuição… é isso?!