Mais sobre a Roda Gigante da Skol no Forte de Copacabana

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O Forte de Copacabana comemorou cem anos no último sábado dia 5, na verdade 94, já que a obra demorou 6 anos para ficar pronto. E dentre as comemorações do centenário do Forte está a já comentada Roda Gigante patrocinada pela Skol.

A roda que terá 36 metros de diâmetro, capacidade para 250 pessoas, pesando 80 toneladas só de ferragens que vieram de navio da Alemanha. O preço está para ser divulgado, mas imagina-se que a entrada da roda gigante da Skol que funcionará das 18:00 à meia noite custará entre R$ 10,00 e R$ 20,00. Lembrando que a entrada para o forte custa R$ 2,00 (para a área externa) ou R$ 4,00 com a entrada do museu.

Toda circuferência da roda exibirá fotos e vídeos do Exército Brasileiro de pontos turísticos da cidade.

Outras curiosidades do Forte de Copacabana retirado do Jornal O Dia, há outras em um post do Rio Temporada.

A OBRA

A construção do Forte de Copacabana foi pensada desde 1763, quando a capital passou ao Rio. Seis anos depois, começaram a levantá-lo, mas o projeto ficou pelo caminho. Só em 1908 a obra começou de verdade e precisou desalojar uma igreja, a Nossa Senhora de Copacabana. Os seus canhões, no entanto, jamais precisaram atirar contra nenhum invasor nas águas da Baía de Guanabara.

O Forte tem casamata em forma abobadada e paredes de 12 m de espessura. Já teve usina de energia que girava o canhão e abasteceu parte de Copa na década de 40. Toda ela está preservada.

HISTÓRIA

O Forte de Copacabana não entrou para a história por nenhuma batalha de defesa da Baía de Guanabara de invasores. Mas sim pelo movimento Tenentismo ou a Epopéia dos 18 do Forte, em 5 de julho de 1922.

Os revoltosos — que reivindicavam a mudança do modelo agrícola para o industrial, eleições justas e modernização do Exército, na verdade — passavam de 300. Os 18 ficaram conhecidos por causa de foto na revista ‘O Malho’, onde apareceram 17 militares e um civil. O movimento culminou com mortos e teve reflexos até 1930, quando Getúlio Vargas virou presidente.

CANHÕES 1
O sargento Edimar de Souza Oliveira, 40 anos, é o mais antigo militar em atividade no Forte, onde trabalha há 22 anos. “Até 1986 ainda atirávamos com canhões de 75 mm, durante treinamentos”, relembra, emocionado. Na época, moradores de Copa eram avisados dos exercícios para que fechassem suas vidraças. O estrondo poderia parti-las em pedaços.

CANHÕES 2
As armas, projetadas para rodar 360 graus, não se movem mais. Mas quando giravam e apontavam para os prédios, o telefone do Forte tocava. Eram os moradores, apavorados, reclamando que suas janelas estavam na mira. Hoje, por segurança, só há munição oca no depósito.

ACERVO RESTAURADO
No lugar de fuzis, pincéis. O Museu Histórico do Exército tem pelotão de restauradores que mantém conservadas as 20 mil peças do acervo. Agora, debruçam-se sobre a tela de 2,45 metros por 1,68 metro de Barandier. É um retrato do marquês e da marquesa de Baependi. A obra foi retirada da fazenda Santa Mônica, em Valença, onde viveu Duque de Caxias, patrono do Exército. As principais relíquias do museu são os uniformes de presidentes, entre eles o do Marechal Deodoro da Fonseca, o primeiro a ocupar o cargo no Brasil.

CELA PARA NINGUÉM
Foi construído cárcere no Forte, mas ninguém o usou. O único preso lá foi o ex-presidente Washington Luís, quando foi deposto pela Revolução de 1930. Mesmo assim, ele teria ficado na sala do comando e não no xadrez por quase um mês, tempo que esperou pelo exílio.

Foto do Forte de Copacabana retirada do Flickr de Leo Wery.

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