Uma mancha de óleo que se espalha por quilômetros na Baía de Guanabara vem chamando a atenção. Um vídeo mostrando a situação, que já ocorre há mais de um mês, publicado na página do Movimento Baía Viva, chegou a mais de 10 mil visualizações.
“Devido à intensa degradação ambiental da Baía de Guanabara, infelizmente, várias espécies marinhas já encontram-se ameaçadas de extinção como os botos cinza, considerado o símbolo ecológico do Rio de Janeiro, tartarugas verde, cavalo marinho e diversas espécies de pescado com maior valor nutritivo e comercial. Além disso, por causa da crescente poluição por esgotos, lixo plástico e vazamentos de óleo no mar, a maioria das comunidades pesqueiras vivenciam na atualidade um forte processo de empobrecimento, desmantelamento cultural e insegurança alimentar. Estudos desenvolvidos pelo Baía Viva apontam que a poluição gera a cada ano um prejuízo econômico ou “produção sacrificada” estimada em R$ 30 bilhões. O sacrifício ambiental das baías fluminenses (Guanabara, Sepetiba e da Baía da Ilha Grande) precisa ser revertido durante a atual Década do Oceano e da Restauração dos Ecossistemas determinado pela ONU para o período de 2021 a 2030 o que depende necessariamente da mobilização da sociedade”, destaca o ecologista e cofundador do Movimento Baía Viva Sérgio Ricardo Potiguara.
O Instituto Estadual do Ambiente (Inea) informou que seus técnicos, com apoio do Grupamento Aéreo da Polícia Militar, sobrevoaram a área para avaliar a extensão da mancha. Uma outra equipe do Instituto, com auxílio da Capitania dos Portos, percorreu a Baía até o ponto onde a mesma foi identificada, e aplicou técnicas de dispersão hidromecânica na mancha. Ainda segundo o Inea, devido as condições meteoceanográficas, a mancha se fragmentou em outras menores. O órgão ambiental acionou o Plano de Área da Baía de Guanabara que prestou apoio com outra embarcação.