Mangueira e União da Ilha escolhem sambas para 2020

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A Estação Primeira de Mangueira escolheu, na madrugada de domingo (13/10), o samba-enredo que levará para a Marquês de Sapucaí no carnaval 2020. Venceu a parceria de Manu da Cuíca e Luiz Carlos Máximo.

No mesmo dia, a União da Ilha também decidiu seu samba. A dupla de carnavalescos Fran Sérgio e Cahê Rodrigues, apoiada pelo atual diretor de carnaval Laíla, lançou o enredo “Nas encruzilhadas da vida, entre becos, ruas e vielas, a sorte está lançada: Salve-se quem puder!”

A Mangueira, campeã do carnaval de 2019, vai pisar na Sapucaí com o enredo “A verdade vos fará livre”.

Abaixo, as letras dos 2 sambas.

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Mangueira

Samba que o samba é uma reza

Se alguém por acaso despreza

Teme a força que ele tem

Mangueira

Vão te inventar mil pecados

Mas eu estou do seu lado

E do lado do samba também

Eu sou da Estação Primeira de Nazaré

Rosto negro, sangue índio, corpo de mulher

Moleque pelintra do Buraco Quente

Meu nome é Jesus da Gente

Nasci de peito aberto, de punho cerrado

Meu pai carpinteiro desempregado

Minha mãe é Maria das Dores Brasil

Enxugo o suor de quem desce e sobe ladeira

Me encontro no amor que não encontra fronteira

Procura por mim nas fileiras contra a opressão

E no olhar da porta-bandeira pro seu pavilhão

Eu tô que tô dependurado

Em cordéis e corcovados

Mas será que todo povo entendeu o meu recado?

Porque de novo cravejaram o meu corpo

Os profetas da intolerância

Sem saber que a esperança

Brilha mais que a escuridão

Favela, pega a visão

Não tem futuro sem partilha

Nem Messias de arma na mão

Favela, pega a visão

Eu faço fé na minha gente

Que é semente do seu chão

Do céu deu pra ouvir

O desabafo sincopado da cidade

Quarei tambor, da cruz fiz esplendor

E num domingo verde-e-rosa

Ressurgi pro cordão da liberdade

União da Ilha

Senhor… Eu sou a Ilha

E no meu ventre essa verdade que impera

Que é invisível entre becos e vielas

De quem desperta pra viver a mesma ilusão

E vai trabalhar

Antes do sol levantar de novo

A voz do rancor não cala meu povo não

Sou mãe dignidade é meu destino

Rogo em prece meus meninos

Ao longe alguém ouviu

Meus filhos são filhos dessa mãe gentil

Inocentes culpados, são todos irmãos

Esse nó na garganta vou desabafar

O chumbo trocado, o lenço na mão

Nessa terra de deus dará…

Eu sei o seu discurso oportunista

É a ganância, hipocrisia

O seu abraço é minha dor (seu doutor)

Eu sei que todo mal que vem do homem

Traz a miséria e causa fome

Será justiça de quem esperou

O morro desce o asfalto e dessa vez

Esquece a tristeza agora..

É hoje, o dia da comunidade

Um novo amanhã, num canto de liberdade

A nossa riqueza é ser feliz

Por todos os cantos do país

Na paz da criança o amor da mulher

De gente humilde que pede com fé

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