A lendária cantora Beth Carvalho, um dos maiores nomes da história do samba no Brasil, falecida em 2019, morou, em seus últimos anos de vida, em um apartamento em São Conrado, na Zona Sul do Rio de Janeiro. O que pouca gente sabe é que a sambista também era proprietária de um outro imóvel, no Joá, bairro nobre da Zona Oeste, que faz divisa tanto com São Conrado quanto com a Barra da Tijuca, e tem algumas das mais estonteantes vistas para o mar do Rio.
Ocorre que a velha mansão encontra-se já há muito tempo abandonada e, como deu conta o portal “Notícias da TV”, o imóvel foi posto à venda em alguns sites imobiliários.
A mansão, localizada em um condomínio fechado com praia privativa e varanda com vista para o mar, tem cerca de 500m² de área construída e possui 4 quartos (sendo duas suítes), 6 banheiros, piscina e uma ampla área verde.
O imóvel está sendo ofertado para venda por R$ 3,9 milhões. No Joá, o metro quadrado médio, segundo profissionais do mercado, custa R$ 6,5 mil, mas a velha casa da cantora está saindo ainda mais cara: R$ 7,9 mil o m².
A mansão foi adquirida pela artista nos anos 80 e foi habitada por ela até 2006, quando se mudou para o apartamento em São Conrado. Em 2007, já sofrendo com problemas na coluna, Beth havia revelado que trocou de residência pois a casa no Joá “tinha muita escada”, como é característica comum do local, onde os imóveis costumam ser em aclive ou declive.
Entre os vizinhos, especula-se que havia dívidas deixadas pela cantora atreladas a este imóvel e que, por isso, a mansão não teria sido reformada, para ser colocada à venda por um valor que as quitasse. Afonso Carvalho, entretanto, que era amigo e empresário da cantora, negou essa versão.
Corretores especializados em imóveis de luxo discordam do valor de venda, e argumentam que a venda de imóveis na área é relativamente difícil. “O comprador de Joá é uma pessoa muito específica: alguém que não se incomode de fazer tudo de carro, que goste e tenha capacidade financeira para ter vários empregados domésticos e que seja verdadeiramente apaixonado pelo local, que, fora a vista deslumbrante, não tem muita infraestrutura“, relatou Nelson Borges, encarregado dos imóveis de alto luxo na Sergio Castro Imóveis.
Segundo Borges, “com freqüência demoramos mais de dois anos para vender imóveis, mesmo os mais fantásticos, nesta região”. Porém, o especialista adverte: “todos os compradores de casa no Joá estão acostumados a fazer obras, e deixar o imóvel do jeito deles. São apaixonados pelo bairro“.
Há corretores que vivem praticamente só da venda de imóveis no bairro, como é o caso do veterano Marcos Sander. “Somos especializados na Joatinga”, afirma em suas redes sociais.
Tem esse negócio de praia privativa no Brasil não – que desinformação do blog hein (já dos corretores, um verdadeiro atentado contra a lei)
Se alguém quiser chegar ali de barco, caiaque, prancha, vai chegar e sem direito de o morador reclamar.