Em funcionamento desde 2020, o aplicativo Maria da Penha Virtual tem ajudado a muitas mulheres a se livrarem de formas variadas de violência doméstica. Somente em fevereiro, 356 mulheres utilizaram o app, contra menos da metade registrado no mesmo mês de 2022. Segundo a polícia, a cada duas horas uma vítima registra um caso de violência na plataforma, que teve o apoio do Inova UFRJ.
O aplicativo, que não precisa ser baixado, está disponível para qualquer dispositivo conectado à internet, para que as mulheres solicitem medidas protetivas com urgência. A eficiência é um dos grandes trunfos do programa. Graças a um convênio com o Tribunal de Justiça, a petição, que é automaticamente enviada para um juiz, deve ser analisada por juiz em, até 48h. Com isso, pode-se evitar desfechos dramáticos ou, até mesmo, trágicos.
Desde o seu lançamento, o Maria da Penha Virtual já recebeu mais de 3.200 denúncias provenientes de todo o Estado do Rio de Janeiro. Entre as queixas registradas, 60% estavam relacionadas a lesões corporais, com violência psicológica ocupando a segunda posição.
O bairro de Bangu, na Zona Oeste, e região adjacentes foram os líderes de registros de ocorrências, em fevereiro deste ano, com 43 casos. Em seguida vem a área da Leopoldina, com 39 ocorrências.
O aplicativo foi desenvolvido para resguardar a segurança da vítima, uma vez que ela pode apagar o histórico de navegação sem deixar informações no aparelho. O app, que foi elaborado com linguagem simples, também permite o acesso de deficientes visuais.
No ato do registro de uma ocorrência, a mulher deve preencher um formulário no qual deve relatar os atos de violência, além de fornecer o nome do agressor.
As informações são da Veja Rio.