Mario Marques: Eduardo Paes dorme sem barulho

Mario Marques diz que, se a pesquisa do "pessoal lá do Paraná" estiver certa, prefeito pode batucar

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Foto: Beth Santos

Diferentemente do que muitos afirmam, a pesquisa da Paraná Pesquisas divulgada esta semana que bota Eduardo Paes na frente no modelo estimulado, mas no espontâneo o desidrata, não é uma boa notícia para os adversários se acreditarmos nesses números. Nesse momento, nesse período, nesse cenário, a população não tem a menor ideia de quem são os candidatos. E mesmo Paes sendo o atual prefeito, com a formulação atual, o eleitor pode se confundir na pergunta. Afinal, Paes pode ser candidato de novo? Com três mandatos, asseguro, o povo não tem ideia se ele pode ser candidato. Não entende reeleição. Não entende leis eleitorais. Possivelmente esses 12% de Paes são de gente que sabe que ele pode ser reeleito e que aprova sua administração. O conhecimento que muitos de nós temos da eleição o povo não tem. Isso se os números estiverem corretos…

Perguntas em pesquisas de rua – e eu não sei se a Paraná Pesquisas fez esse estudo na rua – necessitam que as respostas apuradas sejam analisadas um pouco mais a fundo, observando as tecnicidades. Particularmente, vejo a Paraná hoje diferente do que via quando surgiu anos atrás. A Paraná, para mim, pelos resultados divulgados no estado do Rio em 2020, voltou a ser do Paraná.

A relação de espontânea e estimulada fica mais estreita e mais assertiva no ambiente de eleição. No ambiente pré-eleição pode virar armadilha.
O fato de Paes ter apenas 12,1% numa espontânea tem a mesma importância da Margareth Menezes para o segmento de cultura no Brasil: zero. Especialmente quando se olha para baixo. Em seguida vem Crivella, com 1,3%. O que isso quer dizer? Nada também. Aliás, fica a pergunta: se Crivella apareceu na espontânea em segundo lugar, com 1,3%, à frente de Freixo, com 0,9%, e de Flávio Bolsonaro, com 0,5%, por que seu nome não foi elencado para as cartelas da estimulada? Pergunta a ser feita ao pessoal do Paraná.

Na estimulada, em três cenários com adversários diferentes, Paes não aparece abaixo dos 34,4%. É um ponto de partida gigante, já que estamos a um ano e 7 meses da eleição.

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Está claro que Paes trabalha firme para resolver o caos do BRT, sua pedra no sapatênis, embora ainda não seja possível ver suas mãos sobre a enorme desordem urbana por que passa a cidade, esse, sim, um problemaço.

A avaliação administrativa do pessoal lá do Paraná também favorece o prefeito e nos estarrece, nós aqui desse lado mais quente do Brasil, distante lá do sul. Segundo o pessoal lá do Paraná, a aprovação à Administração de Paes entre bom e ótimo é de 37,9%, um número que pode fazer o prefeito dormir sem precisar gingar na passarela.

O curioso é o ruim e péssimo de sua administração, que segundo o pessoal morador lá do Paraná está em 38,6%. Oras, segundo o pessoal que faz pesquisas lá do Paraná, os cariocas estão divididos. Porção o aprova com força e outra porção o desaprova com força. Um cenário, aqui entre nós, o pessoal lá do Paraná nem precisa saber, estranho.

Defendo que pesquisas qualitativas sejam divulgadas junto a quantitativas. Dessa forma, agora, nesse período alheio a disputas políticas, poderíamos entender, afinal, quem o povo enxerga como potencial prefeito em 2024. Quantitativas são números, qualitativas são tendências do que pode acontecer. São duas medições completamente diferentes.

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2 COMENTÁRIOS

  1. Mário Marques é autoridade no assunto, não só por estar a frente da única pesquisa que acertou os resultados no Rio desde sempre, mas por juntar análise dos números à de cenários. A Paraná deu um chute feio e colocou um jogador num time que ele não joga: Tarcísio no Rio. Que loucura! Quem tem Mário pode dispensar Paraná, DataFolha e IPEC, como vimos em 2022.

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