Há muito tempo, assisto notícias relacionadas à política totalmente generalizadas. Maus exemplos, escândalos e corrupção são palavras obrigatórias da imprensa escrita, falada e televisionada quando a pauta é ”política”.
Para pautar política, a notícia que dá audiência, chama a atenção, faz o leitor comprar o jornal e o indiferente gastar o pacote de dados do celular não é a do avião que voa. É o avião que cai! Com isso, algumas boas frutas deste pé de árvore acabam sendo podadas e juntadas junto das pobres.
Na política e nas profissões, não podemos jamais generalizar e colocar todos dentro do mesmo cesto de roupas ou no mesmo varal. Assistir diariamente isso tem me incomodado bastante. Imagine andarmos por aí condenando: ”todo policial é corrupto”, ”todos cuidadores de idosos e crianças, são espancadores”, ”todos os padres são pedófilos” e ”todos pastores charlatões”. Então, porque achar então que todo político é ladrão?
Como na história de Savanarola, Torquemada ou de Lot, não podemos entrar na onda que todos os suspeitos de corrupção devem ser consumidos pelo fogo, exceto nosso eu mesmo. Se alguém olhar para trás, como a mulher de Lot, vira imediatamente estátua de sal.
Esse tipo de conceito está nos levando para um caminho perigoso, violento e odioso. Só meu time é bom. Só minha religião salva. Tudo que faço é certo. Sou o melhor na minha empresa. Então, de forma muito pragmática, respondo a pergunta deste título: Não! Nem todo político é ladrão!
Política é espaço de poder constituído. Nenhum deles, foi espirrado parar lá. Se não há espaço para acreditar em alguém, porque não acredita em você? Melhor que ficar reclamando pela tela do celular. Não vá por esse caminho de desmobilização, descrédito, que deseja ‘limar’ pessoas sérias, que têm vocação, vontade e disposição de servir à coletividade e à cidade. A inércia é o que perpetua os maus exemplos. A política ainda é nobre, a gente que avacalha. A fé sem ação é morta! 2020 vem aí, quem vai?
Voce faz parte do esquema?