O Rio de Janeiro tem 5 governadores eleitos vivos, Moreira Franco (PMDB), Anthony Garotinho (PR), Rosinha Garotinho (PR), Sergio Cabral (PMDB) e o atual, Luiz Fernando Pezão (PMDB). Hoje, dois estão presos Cabral, pela Lava Jato e, agora pouco, pela Operação Chequinho, foi preso Garotinho, enquanto transmitia seu programa de rádio na Tupi.
Se já seria terrível um estado ter dois ex-governadores presos, a situação piora quando levamos em conta que Pezão vem sendo denunciado na Lava Jato, o mesmo com Moreira e Rosinha teve seu nome citado na delação do doleiro Lúcio Funaro, que disse que Rosinha e seu marido estavam cientes das transações e propinas que aconteciam no fundo de pensão da CEDAE, o PRECE, durante o mandato desta. E ainda com o nome de Cunha ali no meio.
Nós precisamos rever urgentemente a forma que votamos, não é possível que tenhamos escolhido errado tantos anos seguidos, são CINCO GOVERNADORES! Como cada um tem um mandato de quatro anos (em média, Garotinho e Cabral renunciaram, o primeiro para vir candidato a presidente e o segundo para que seu filho se candidatasse a deputado federal), foram 20 anos sendo governados por pessoas eticamente condenáveis.
E se os Garotinhos e Moreira possamos dizer que foi falta de aviso, o mesmo não vale para Sergio Cabral e Pezão, ou ao menos Cabral. Era fato notório que o patrimônio dele não era compatível com a renda, e ainda assim conseguiu se reeleger no primeiro turno! E como se não bastasse, elegeu seu sucessor. Tanto fez que hoje é réu em quase 20 processos diferentes.
E onde estava o Ministério Público Estadual que não fez seu papel de fiscalizar nossos políticos? Afinal, sabemos que da ALERJ não podemos esperar nada, afinal, o seu presidente, Jorge Picciani (PMDB), também é denunciado, e antes dele era Cabral. E do TCE menos ainda, praticamente todos foram presos com denúncias de corrupção.
Não é exagero dizer que no Rio de Janeiro vivemos em uma verdadeira cleptocracia, um governo de bandidos e apenas para os seus e que acabou levando a atual crise sem fim no estado. Fico imaginando onde estaríamos se nossos governantes tivessem um mínimo de ética.
