O projeto Mata Maravilha vai transformar o entorno do Moinho Fluminense, na Região Portuária do Rio de Janeiro, em um complexo verde e tecnológico de 223,4 mil m². A iniciativa, que une setor público e privado, prevê a criação de dois parques públicos, um campus de tecnologia verde e uma floresta urbana com vegetação nativa da Mata Atlântica. O investimento total para viabilizar o projeto está estimado em R$ 4,8 bilhões, sendo que R$ 190 milhões já foram aplicados em estudos e pesquisas.
Concebido pela Al Moinho Empreendimentos Imobiliários — fruto da parceria entre o empresário Alexandre Allard e a Autonomy Capital —, o projeto foi selecionado por meio de Chamamento Público da Prefeitura do Rio, via CCPAR (Companhia Carioca de Parcerias e Investimentos). A proposta é reposicionar a área como distrito de inovação, regeneração ambiental e desenvolvimento sustentável.
A iniciativa vai reflorestar mais de 10 hectares e plantar cerca de 40 mil árvores e arbustos, com trilhas de areia interligando todos os espaços. Com arquitetura carbono zero e sistemas autônomos de água e climatização, o projeto quer reduzir em até 8°C a temperatura local. A execução será coordenada pelo escritório Safdie Arquitetos, responsável por obras como o aeroporto Jewel Changi, em Cingapura.
O complexo abrigará seis “biomas” de atividades:
- Gastronomia, com mercado orgânico e integração a produtores locais;
- Moda, beleza e design, com ateliês e passarelas;
- Cultura e entretenimento, com centro cultural, estúdios, salas de concerto e galerias;
- Longevidade, com templo de meditação e centro de atividades físicas de frente para o mar;
- Hospitalidade, com quatro hotéis e moradia para 2,5 mil pessoas;
- Hub Aya, com foco em negócios regenerativos.
Haverá também um campus tecnológico com escritórios, coworkings, salas de eventos e uma universidade voltada à regeneração. O objetivo é atrair até 15 mil engenheiros e nômades digitais do Brasil e do mundo, além de empresas globais de tecnologia.
“O Mata Maravilha tem os atributos de um projeto visionário que se soma ao sucesso já consolidado do Porto Maravilha — reunindo sustentabilidade, inovação e o fortalecimento do desenvolvimento da região portuária ao mesmo tempo”, afirmou o vice-prefeito Eduardo Cavaliere.

O empreendimento também terá:
- O Parque Elevado Harmonia, com passarelas entre árvores, teatro natural e mercado de arte ancestral;
- Parque com áreas de manguezal e sistema de filtragem regenerativa para recuperação da Baía de Guanabara;
- O residencial Floresta Vertical Mata Atlântica, com torres cobertas por vegetação em todas as faces.
O projeto foi o vencedor do Chamamento Público da Prefeitura para ocupação da área do Moinho Fluminense. Em 4 de abril, o prefeito Eduardo Paes revogou a declaração de utilidade pública do imóvel, permitindo o retorno da propriedade à Autonomy Capital.
“Nós temos uma visão transformadora para a Região Portuária — uma área que foi e continua sendo epicentro da evolução na cidade”, destacou o secretário municipal de Desenvolvimento Econômico, Osmar Lima. “Essa nova plataforma coloca o Rio numa posição de liderança global em sustentabilidade e inovação”.
“Levaremos a natureza pulsante do lifestyle carioca para o mundo, oferecendo a promessa de um futuro mais verde num dos cenários mais deslumbrantes da Terra”, declarou Alexandre Allard.
Essas torres são horrendas, além de terem alto custo de manutenção.
Um prédio menor junto ao parque está de bom tamanho.
Mais uma vez o fantasma do paredão da Zona portuária assola a vista da Floresta da Tijuca e o Cristo para os Cruzeiros que chegam em alta temporada na cidade.
A manutenção de mata vertical é complexa e caríssima. Deveria ser retirada do projeto pois nem paisagisticamente é bonita. Quanto aos parques e demais plantas ok.
Os prédios originais do Moinho Fluminense serão preservados? Pois acho que eles são bem significativos para a região, com sua arquitetura ímpar.
Vejo projetos de criações de parques públicos em vários locais da cidade, como o de Realengo e do antigo campus da Gama Filho, além deste. Enquanto isso, o Parque Ari Barroso na Penha continua abandonado. O Diário do Rio poderia fazer um apelo a prefeitura através de uma matéria sobre o passado glorioso desse parque, onde cresci brincando entre suas árvores e a pequena cachoeira que havia no local.
Olha, esse projeto é muito incrível! Gostei muito! Parabéns!!!