Durante anos, um dos mais movimentados prédios da região do Castelo, no Centro do Rio, era o da Policlínica Geral do Rio de Janeiro, na Avenida Nilo Peçanha, número 38, bem próximo ao Ministério da Fazenda, e em frente ao prédio do Jockey Club do Rio, que teve sua sede do Centro desativada. Mas além de estar todo pichado e depredado, o edifício aparenta não ter mais nenhum movimento, e quem olha para cima vê uma situação quase apavorante. O telhado do prédio parece estar despencando, assustando pedestres. Além disso, pode-se observar que está chovendo dentro do edifício, que é um dos maiores do Rio (foto)
Hoje, a calçada da Nilo Peçanha – que é coberta, devido à sistemática de galerias protegidas do Plano Agache, que orientou a urbanização da região – se tornou um grande deoósito de mendigos e viciados, o que ocasionou o fechamento de praticamente todo o seu comércio no trecho entre a avenida Presidente Antônio Carlos e a Graça Aranha.
A Policlínica teve um papel pioneiro na organização do sistema de saúde no Rio de Janeiro. Sua fundação ocorreu em 10 de dezembro de 1881, e sua inovadora abordagem na organização hospitalar, bem como a presença de renomados mestres da medicina que passaram por suas instalações e, principalmente, as gerações de cariocas que receberam e ainda recebem assistência, são testemunhos inquestionáveis da importância desta instituição.
Foi estabelecida por um grupo de médicos com a finalidade de fornecer assistência médica à população socialmente desfavorecida, ao mesmo tempo em que contribuía para o aprimoramento do ensino da medicina. A Policlínica foi pioneira na introdução da concepção de serviços médicos integrados e foi concebida para ser a principal clínica geral da cidade do Rio de Janeiro. Sua inauguração contou com o apoio do Imperador Dom Pedro II, que não apenas compareceu ao evento, mas também se autoproclamou protetor da instituição.
Ao longo de sua história, a Policlínica contou com a atuação dos mais renomados mestres da medicina, que conduziram pesquisas de destaque em suas instalações. Entre esses notáveis médicos estão nomes como Oswaldo Cruz, Manoel de Abreu, dentre outros.
Muito triste com o fim de uma história. Trabalhei por vários anos na PGRJ e tenho por ela grande respeito e admiração! Lamentável!
Parabéns pelo noticiário a respeito da Policlinica Geral do Rio de Janeiro ; infelizmente , neste estado deplorável . Gerou muito emprego direto e indiretamente ! Mas a má gestão….leva ao caos !!!