Médica é espancada ao tentar acabar com festa de vizinhos no Grajaú

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Foto: Reprodução Facebook

O período de isolamento em função da pandemia do Coronavírus parece não está sendo cumprindo da forma como deveria no Rio. Diante desse cenário, onde, de um lado pessoas vivem em quarentena, e outras promovem aglomerações, as tensões entre vizinhos tem aumentado durante o período.

O caso mais recente foi o da médica Ticyana D’Azambujja, de 35 anos, que procurou a 20ª DP (Vila Isabel) nesta segunda-feira (1/05) para prestar queixa por agressão. Ela relatou ter sido espancada por várias pessoas no sábado (30/05) após quebrar o vidro de um carro ao tentar dar fim a uma festa na casa vizinha ao prédio onde mora no Grajaú, Zona Norte do Rio.

Ticyana chegou à delegacia com uma mão engessada, a outra imobilizada e uma das pernas também.

A TV Globo, ela disse que as festas na casa vizinha são recorrentes e que ela já não aguentava mais não poder descansar na própria casa. Anestesista e intensivista, ela trabalha diretamente na linha de frente do tratamento da Covid-19 em hospitais da rede pública e privada do Rio e Niterói.

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“Fazia dias que eu já não podia nem dormir mais no meu quarto, tinha que dormir na sala, estava com um colchonete. Eu tinha um plantão no sábado à noite. No dia anterior eu já tinha feito um plantão de 24 horas”, contou a médica.

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Foto: Reprodução Facebook

Segundo ela, o som da festa é tão alto que chega a fazer vibrar os vidros do seu apartamento. Ela afirma que já se cansou de acionar a polícia por conta das festas promovidas na casa em meio à pandemia do coronavírus.

“Eu já liguei inúmeras vezes para a polícia, os meus vizinhos ligaram inúmeras vezes para a polícia. A gente tentou por todas as vias legais. A gente ligou para os Bombeiros. E aí eu não aguentei mais e tentei dar um basta naquela situação. Interfonei, tentei conversar com os rapazes e, obviamente, eles não iriam parar a festa por causa daquilo. Estavam até com música ao vivo”, disse.

Sem conseguir ser atendida pelos anfitriões da festa, a médica disse ter tomado uma decisão equivocada.

“Num ato inconsequente, irracional e impensado eu quebrei o vidro de um carro que estava parado na calçada. Assim, eu pensei que pelo menos eles iriam sair e a gente poderia tentar conversar. Só que não pensei que cinco marmanjos iriam vir para tentar me matar, e foi o que aconteceu”, contou.

Ticyana disse que correu ao ver que os homens avançavam sobre ela. “Eles correram atrás de mim e falaram ‘vamos pegar aquela’, e falaram muitos palavrões. Eu saí correndo, eles me pegaram em frente ao hospital”, disse.

Toda a agressão ocorreu na mesma rua, que tem um hospital na esquina. Segundo a médica, ela chegou a ficar desacordada diante das agressões. Quando recobrou a consciência, se apavorou ao perceber que poderia ser morta.

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3 COMENTÁRIOS

  1. É preciso leis mais duras para perturbação de sossego.É necessário prender esses criminosos pra eles aprenderem a ter um mínimo de respeito pelas pessoas..Eu sou um cara que gosta de silêncio porque sou intelectual e pensador.Eu preciso do silêncio pra viver em paz…Já perdi a conta de quantas vezes briguei por causa da minha paz e pelo jeito vou continuar brigando,é uma questão de sobrevivência. Quando mudei pra minha casa atual era muita barulheira de vizinhança com molecada e festas sem fim,sofri muito mas consegui domesticar esses animais.Hoje está tranquilo.Eu pessoalmente odeio vizinhos.

  2. Sei o que é isso. Em Márica, R.j., mas especificamente em Itaipuacu, existem vários destes vizinhos. Em tempo de coronavirus ou não. Barulho, música alta de vibrar janelas, brigas de marido e mulher com ofensas, palavrões chegando até a ataques físicos e ninguém faz nada. Cansaram de chamar policia local, 190, e nada, não aparece ninguém. Isso, essa impunidade, só dá mais corda ,mais coragem pra eles fazerem mais e pior. Até que um dia acabe em morte. A questão é que sempre sobra uma bala perdida nas costas de inocentes. Se querem mudar algo mesmo, de vdd, na segurança pública, tem q começar a cortar o mal pela raiz, é nessas coisas pequenas q tem q começar.

  3. Os bandidos fardados é um mal que infesta bairros da Zona Norte como Grajaú, e também, especialmente, Campo Grande.
    As casas e apartamentos onde residem muitos/as estrupícios/as fazem festas, colocam som alto, karaokê ou videokê seguindo noite a dentro até às 3h da manhã.
    Ligar para Polícia não adianta.
    Veja que a situação na matéria se pegar a história toda que ela conta no Facebook ou relatos de vizinhos no portal da Grande Tijuca revela que telefonemas para a Polícia são vários.

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