Médicos do Hospital Alberto Torres alertam para o aumento de queimados nas festas de S. João

No ano passado, os profissionais do Heat receberam 88 pessoas queimadas. A maioria crianças. Oito pacientes morreram por conta dos ferimentos

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Fogueira de São João - Sebrae Digital

A tradicional festa de São João anima cariocas e fluminenses por suas comidas típicas e danças folclóricas. Mas, infelizmente, nem tudo é alegria nesta época do ano. A prática de soltar balões, apesar de ser crime, continua a vigorar no céu no Rio de Janeiro, gerando estragos ambientais, deformações e mortes.

Para evitar que as festas terminem em tragédia, médicos do Hospital Estadual Alberto Torres (Heat), em São Gonçalo, na Região Metropolitana do Rio, alertam sobre o aumento do número de pacientes queimados nessa época do ano.

De junho a agosto de 2023, o Heat recebeu 88 pessoas queimadas, das quais oito morreram, A maioria dos pacientes eram crianças. O número de feridos é 35% maior do que em 2022, quando a unidade atendeu 66 pacientes. As queimaduras mais leves têm nos líquidos quentes a principal causa. Os ferimentos mais graves são causados por produtos inflamáveis e choques elétricos.

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O fascínio pela tradicional fogueira, o preparo e soltura de balões, as brincadeiras com os fogos de artifício, além da manipulação dos caldos, prato típico dos festejos, representam um perigo para crianças e adultos. A inalação de fumaça também é outra preocupação dos profissionais de saúde, pois podem provocar danos consideráveis ao aparelho respiratório.

“Isso também vale para os fogos de artifício e, principalmente, para os balões, uma prática proibida que pode causar muitos estragos. Os explosivos são perigosos e podem provocar queimaduras graves, amputações e até cegueira”, alertou o coordenador do Centro de Trauma do Heat, Marcelo Pessoa, como repercutiu O São Gonçalo.

Atualmente, no Alberto Torres tem dez pessoas internadas para o tratamento de queimaduras. Desse total, seis são crianças. Uma menina de apenas nove anos está entre os feridos. Segundo a sua mãe, Jéssica de Souza, a garota se queimou ao manipular álcool líquido.

A criança, que é estudante, está internada no hospital há mais de um mês. Diante do sofrimento da filha, Jéssica fez um alerta aos pais e responsáveis: “Cuidado nas festas juninas, fiquem longe das fogueiras, fogos, comidas quentes. Criança cega a gente”, disse a mãe da menina.

Com informações de O São Gonçalo.

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