Mercado de escritórios carioca registra menor taxa de vacância desde 2016

Com o enfraquecimento do home office, a retomada dos alugueis de lajes corporativas na cidade é consistente. O recuo da ociosidade foi para 26,9% de escritórios desocupados no segundo trimestre de 2024

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Fachada do edifício Francisco Serrador | Foto: Rafa Pereira - Diário do Rio

Segundo mercado de escritórios mais importante do Brasil, o do Rio de Janeiro apresenta uma melhora persistente, na sua taxa de vacância: cada vez mais escritórios vem sendo novamente ocupados pelas empresas. Uma pesquisa da Colliers, corretora de imóveis corporativos de atuação global, mostra um percentual de 26,9% de vacância das lajes corporativas da capital fluminense, no segundo trimestre de 2024. O dado é boa notícia para os fundos imobiliários e grandes proprietários de imóveis na cidade.

O índice é o menor desde o terceiro trimestre de 2016, ano de crise na economia do Estado por conta dos desdobramentos da operação Lava Jato. No período mais adverso para o mercado de escritórios carioca, a ociosidade chegou a 40,8%, de acordo com a medição da Colliers.

No primeiro trimestre dos dois últimos anos, a taxa de vacância passou de 28,8% para 27,6%. A redução foi gerada, pela ausência prolongada de novos prédios, e pelos seguidos trimestres com absorção líquida — mais locações do que devoluções de salas, observou a CEO da Colliers, Paula Casarini. Outros especialistas citam a constante diminuição da utilização do “home office” pelas maiores empresas, que tem tentado a todo o custo – apesar da resistência dos empregados – ir acabando com esta modalidade que surgiu forte com a pandemia.

Nos condomínios de padrão A+ e A, a absorção líquida avançou 10.684 m², no segundo trimestre.

“Estamos acompanhando as movimentações nos escritórios corporativos com otimismo. A área devolvida neste semestre, inclusive, foi a menor já registrada desde 2016. Ou seja, foi um período muito ativo para o mercado e esperamos que siga neste ritmo até o final do ano”, disse a executiva ao jornal O Globo, acrescentando que as empresas dos setores financeiro, educacional e de tecnologia foram as principais locatárias:

“Isso nos chama a atenção visto que, historicamente, os setores de óleo e gás e instituições públicas lideraram este ranking”, ponderou Paula.

Para Lúcio Pinheiro, da Sergio Castro Imóveis, que tem atuação de 75 anos no segmento, a ocupação tem crescido consideravelmente nos escritórios mais bem localizados e cujos proprietários têm sido flexíveis com períodos de carência e valores de aluguel: “só no Edifício Afrânio, na Rio Branco 177, em frente à Carioca, alugamos 6 andares inteiros em 3 meses, cada um pra inquilinos diferentes”, conta Pinheiro. Para as empresas que estavam em escritórios virtuais e já perceberam a vantagem de voltar a ter seu próprio endereço, “o maior fator de convencimento é o desconto”, explica o profissional.

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