Mercado imobiliário carioca aquecido em Botafogo

Contrariando as estatísticas, algumas empresas apresentaram estabilidade e até conquistaram destaque durante esse período turbulento

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Enseada de Botafogo. Foto : Pedro Kirilos | Riotur

O cenário econômico atual foi afetado pela pandemia do Covid-19, impactando  todos os setores, incluindo o mercado imobiliário. Contrariando as estatísticas, algumas empresas apresentaram estabilidade e até conquistaram destaque durante esse período turbulento.

Com o surgimento do Covid-19, os indicadores econômicos dispararam o alerta de uma crise global, confirmada logo nos primeiros meses do ano, provocando impacto em todos os setores.

A trajetória econômica do mercado imobiliário é marcada por diversos altos e baixos, incluindo a retração gerada pela crise dos últimos 5 anos. O ano de 2019 apresentou melhores perspectivas por conta dos ajustes fiscais e outras medidas liberais. Essas mudanças beneficiaram o setor da Construção Civil, incentivando o lançamento de novos empreendimentos e reativando o mercado.

No entanto, a pandemia interrompeu bruscamente essa movimentação, trazendo uma nova crise econômica. O mercado imobiliário apresentou uma baixa significativa, sobretudo nos meses de março e abril.

Segundo João Paulo Salgueiro, sócio da INVEXO imobiliária, “a chegada do Covid no mês de março estragou o bom momento que o mercado imobiliário estava passando. O vírus atrapalhou bastante a recuperação que estava acontecendo, realmente foram meses complicados. As vendas praticamente cessaram. Todo mundo estava com medo de sair de casa”.

A insegurança da população foi controlada a partir de maio, com os incentivos governamentais, o avanço nas pesquisas científicas e os protocolos de prevenção da OMS, favorecendo o retorno gradativo às atividades usuais.

Salgueiro informa que “Desde maio, a nossa empresa retornou ao patamar dos meses antecedentes à Covid-19”.

Com a baixa na taxa Selic, muitos investidores que optaram pela renda fixa migraram para os investimentos no mercado imobiliário. A maioria dos investidores brasileiros possui um perfil conservador, investindo em imóveis e na poupança.

Conforme Salgueiro, “na minha visão o mercado imobiliário já está em alta. Temos uma saída de capital da renda fixa e migração para outros investimentos. Na sua maioria a população brasileira é avessa ao mercado acionário, pois considera de alto risco. E a maioria dos brasileiros gosta do que é seguro, como poupança e imóveis. É uma tendência. A gente já percebe um fluxo da renda fixa direto para os imóveis. Logo, acredito que o mercado já está em alta. O principal motivo por não percebermos sinais mais evidentes é por causa da pandemia em vigor.”

Com a pandemia, a realidade precisou ser adaptada. O Novo Normal, por exemplo, é um conceito que surgiu durante a crise e que pode atuar como aliado no retorno às atividades em todos os setores. Dentro do contexto imobiliário, o Novo Normal trouxe novas práticas preventivas e de limpeza, possibilitando a reabertura de imobiliárias e também as visitas aos decorados das incorporadoras.

A implementação desses procedimentos apresentou um resultado assertivo para a INVEXO, imobiliária carioca pioneira por adotar estratégias alinhadas à tecnologia. Especializada em imóveis de luxo, fechou exclusividade do lançamento residencial Botafogo Xperience, da construtora Engeziler e RAF Arquitetura.

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Foto: Divulgação

Localizado na Rua Sorocaba, endereço privilegiado do bairro de Botafogo, o empreendimento tem um conceito arquitetônico singular. A proposta vai de encontro ao estilo do bairro, presente na lista dos “50 bairros mais cool do mundo”, promovida pela revista americana Time Out em 2018.

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Foto: Divulgação

Apesar de ser chamado por muitos como um “bairro de passagem” (até ganhou uma rua com esse nome), mantém antigos e velhos casarões, vilas e mansões que já foram ocupados por barões do café, corte portuguesa e seu corpo diplomático.

Botafogo se tornou um expoente imobiliário do Rio, por apresentar um grande potencial econômico, derivado da grande procura por aluguéis e terrenos residenciais ou comerciais, o que inclui os imóveis mais antigos. Alguns desses espaços, inclusive, contam com fachadas preservadas ou interiores com as características originais. E assim se constitui a essência democrática do bairro, que atrai jovens empreendedores, ao mesmo tempo em que respeita sua história e tradição.

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