Mercados de imóveis compactos e de luxo continuarão aquecidos em 2025

Pesquisa verificou que três em cada 10 brasileiros (29%) planejam comprar um imóvel nos próximos 12 meses, como forma de investimento

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Edifícios na orla do Leblon

Com um crescimento estimando entre 15 e 20%, o mercado imobiliário apresentou bons resultados em 2024, segundo o diretor de Relações com Investidores (DRI) da Lopes Imobiliária, Cyro Naufel, especializada em lançamentos.

A expectativa para 2025 é ainda maior, com o mercado mantendo dinamismo e expansão. Cyro, no entanto, destaca que alguns fatores podem influenciar a demanda, entre eles estão as esperadas altas dos juros e da inflação, as linhas de crédito imobiliário mais restritivas, e outras variáveis.

Em 2024, os grandes destaques do mercado foram os imóveis compactos e os de alto padrão. Em cidades como Rio de Janeiro e São Paulo, o aquecimento da demanda por imóveis de luxo é atribuído à baixa oferta e a uma maior disponibilidade – considerada transitória no caso do Rio – de terrenos. Em ambos os casos houve recente revisão no Plano Diretor, e no caso dos cariocas o impulsionamento do Centro do Rio de Janeiro através da concessão de incentivos às construtoras que atuam na área trouxe novo ânimo, pois lhes são dadas vantagens na incorporação em áreas da Zona Sul.

Além disso, a criação de obstáculos por condomínios na Zona Sul do Rio para a locação por temporada após recente decisão do STJ possibilitando o controle destes contratos pelos condomínios estritamente residenciais também tem servido para impulsionar a construção de novos condomínios focados em permitir aluguéis de curta duração, explica Wilton Alves, da veterana Sergio Castro Imóveis, que tem filiais em Copacabana, Leblon, Centro, Laranjeiras e Porto Maravilha.

Um levantamento realizado pela imobiliária online paulista Loft, em parceria com a Offerwise, verificou que três em cada 10 brasileiros (29%) planejam comprar um imóvel nos próximos 12 meses, como forma de investimento.

De acordo com a sondagem, esses investidores são casados e das classes A e B, têm entre 25 e 34 anos, e possuem ensino superior completo. O grupo foca na construção de patrimônio, garantia de uma segunda moradia, ou ter uma renda fixa mensal através do aluguel.

A região Norte do Brasil concentra o maior contingente desses investidores imobiliários: 36%. Já Sudeste e Nordeste têm 30% e 28%, de participação nessa tendência de mercado.

Segundo Fábio Takahashi, gerente de Dados da Loft, os grandes centros urbanos são os principais alvos desses investidores, por conta da dinâmica do mercado e da oferta de serviços e infraestrutura.

Na outra ponta, segundo o CIMI360, maior congresso internacional do mercado imobiliário, 83% dos corretores ficaram satisfeitos com a sua área de atuação, em 2024, de acordo com uma pesquisa feita em parceria com o sistema Cofeci-Creci e a Real Estate Intelligence (REI).

Outra tendência identificada, segundo a Ademi, é a maior aceitação do mesmo a busca de alguns pelos chamados imóveis sustentáveis. Os corretores mais graduados, que entendem as nuances da demanda emergente, estariam melhor posicionados para atender tal exigência.

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