Metade da população da Região Metropolitana do RJ vive com menos que 1 salário mínimo por mês

A cesta básica da capital fluminense foi a quarta mais cara do país em agosto deste ano, com valor de R$ 722,78

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Pessoas andam pelo centro do Rio de Janeiro | Foto: Rafa Pereira - Diário do Rio

De acordo com o Mapa da Desigualdade 2023, cerca de 50% da população da Região Metropolitana do Rio de Janeiro vive com menos de um salário mínimo (R$1320) por mês. Produzido pela Casa Fluminense, o estudo traz 40 indicadores que apresentam em que condições nascem e sobrevivem as pessoas do nosso estado.

Ainda segundo os dados do Mapa da Desigualdade, nos municípios de Japeri e Tanguá, esse percentual sobe para nove entre 10 moradores vivendo com essa renda mensal.

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Em determinadas localidades da Baixada Fluminense, muitas pessoas vivem com cerca de R$ 660 mensais, revelam os dados.

Segundo o Banco Mundial, para uma pessoa ser considerada em situação de pobreza extrema, ela precisa ter uma renda de US$ 1,90 por dia ou menos. No Brasil, a renda mensal precisa ser de até R$ 665,02.

Dados do Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (DIEESE), mostram que a cesta básica da capital fluminense foi a quarta mais cara do país em agosto deste ano, com valor de R$ 722,78. À frente do Rio de Janeiro estão São Paulo (R$ 748,47), Florianópolis (R$ 743,94) e Porto Alegre (R$ 760,59).

O DIEESE observa que “o tempo médio necessário para adquirir os produtos da cesta básica foi de 114 horas e 59 minutos, maior do que o de março, de 112 horas e 53 minutos. Já em abril de 2022, a jornada média foi de 124 horas e 08 minutos. Quando se compara o custo da cesta e o salário mínimo líquido, ou seja, após o desconto de 7,5% referente à Previdência Social, verifica-se que o trabalhador remunerado pelo piso nacional comprometeu em média, em abril de 2023, 56,51% do rendimento para adquirir os produtos alimentícios básicos e, em março, 55,47% da renda líquida. Em abril de 2022, o percentual ficou em 61,00%”.

Todo mês é um aperto, a gente tem que fazer milagre para sobreviver, comer, pagar as contas“, afirma Antônio Souza, morador de Nova Iguaçu. Ele, casado e pai de dois filhos, recebe em torno de R$ 1.200 mensais fazendo trabalhos como pintor de parede e ajudando de pedreiro.

O Mapa da Desigualdade 2023 mostra que as pessoas com maior poder aquisitivo da Região Metropolitana do Rio de Janeiro, que têm renda mensal acima R$ 3.960, se encontram no município de Niterói e em parte da capital do estado, sobretudo na Zona Sul da cidade.

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4 COMENTÁRIOS

  1. Se o Rio de Janeiro que está entre os 5 estados com maior renda per capta do país está deste jeito é fácil imaginar como anda nosso “Brasilzâo”.
    O Brasil está um miserê.

  2. Na verdade existem outros fatores alem da questão do petróleo e gás, como por exemplo a forte cultura de funcionalismo público e a fuga das indústrias para os outros estados. De nada adianta o RJ ter as maiores reservas de Oil&Gas se SP refina e produz muito mais derivados de petróleo com alto valor agregado, por ter uma indústria mais poderoso, principalmente porque a FIESP tem mais poder em Brasília do a nossa FIRJAN.

  3. A população fluminense está sendo ludibriada por uma propaganda anti Rio de Janeiro que já vem pelo menos há uns 50 anos.
    E por que esse tempo?
    Há uns 50 anos o Rio de Janeiro virou o maior produtor de petróleo do Bostil. De lá pra cá esse mesmo Bostil vem tirando os bilhões dos lucros do petróleo do Rio. A maioria desse dinheiro vai para Brasília, deixando aqui no Rio uma mixaria.
    Com o tempo o Rio também virou o maior produtor de gás do Bosti, e adivinhem, seguiu o mesmo projeto dos lucros do petróleo. Tiram também bilhões dos lucros do gás nos deixando com uma mixaria.
    Adivinhem para onde vão a maioria dos lucros do petróleo e gás Fluminense quando chega em Brasília?
    A bancada política Paulista leva para São Paulo a maioria desses bilhões, e as bancadas politicas sulistas (os Estados do Sul) e a bancada política mineira arrecadam uma boa parte considerável desses bilhões.
    Na questão da violência, já foi confirmado que mais de 90% das armas e drogas que alimentam as organizações criminosas, e consequentemente a violência no estado do Rio, vem das fronteiras com os Estados de São Paulo e Minas Gerais. Não vejo NENHUM empenho ou vontade desses estados fronteiriços em interceptar essas armas e drogas, deixando-me a entender que esses estados são incompetentes em agir contra a criminalidade em seus territórios, ou pior, esses estados fronteiriços estão cooperando com a entrada de armas e drogas no Rio com a intenção de um projeto pra lá de tenebroso que seria a desestabilização proposital do estado do Rio, ambicionando é claro, se apoderar definitivamente da produção e dos lucros bilionários do petróleo e gás do Rio de Janeiro.
    Me assusta a mídia Fluminense não informar a população do nosso estado que somos os maiores produtores de petróleo e gás do Bostil e que somos saqueados e sabotados o ano todo.
    Eu particularmente sou a favor da independência do estado do Rio de Janeiro como um país independente.
    Se nós somos o “patinho feio” do país, e ao mesmo tempo somos saqueados e sabotados pelo mesmo Bostil, por que devemos continuar sendo parte desse país?

    • Faz sentido. Vejo muito discurso de ódio contra o Rio e seus habitantes… e esse discurso não fica só na boca daqueles mocorongos almofadinhas da internet, eles também são ações de gente com algum poder e mal intencionada que nutre algum ódio contra o nosso errejota

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